Caso arrasta-se há 15 anos

Trabalhadores da Mundet clamam por justiça

Os trabalhadores da Mundet, dez anos depois de terem visto a empresa fechar as portas, continuam sem receber o dinheiro a que têm direito. A aguardar que seja feita justiça continuam assim centenas de trabalhadores, muitos deles a viver situações extremamente difíceis que chegam mesmo ao limiar da pobreza.
Para este quadro, que classifica de «inaceitável», voltou a chamar a atenção a bancada comunista em requerimento ao Governo no qual indaga sobre as medidas que este tencionar adoptar para pôr cobro a este estado de coisas.
Trazendo à memória alguns elementos do processo, os deputados Odete Santos e Vicente Merendas recordam no texto que em 1993, data da declaração de falência daquela empresa corticeira, laboravam cerca de 800 trabalhadores que, desde 1988, estavam confrontados com o não pagamento de salários por parte da administração.
Após a declaração de falência, por iniciativa do Sindicato da Indústria Corticeira do Sul, foram apresentados em tribunal 440 processos, sem contar com muitos outros entregues individualmente. No respeitante a salários em atraso e indemnizações por despedimento, para os processos desencadeados pelo Sindicato, foi requerida a importância de 438.421.50 euros (882.000 contos).
Alienado que foi o património sito no Montijo, Seixal e Mora, o processo encontra-se no Tribunal Judicial do Seixal.


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