7.ª Assembleia do Arsenal do Alfeite

Trabalhadores são decisivos

A célula do PCP no Arsenal do Alfeite realizou, no passado dia 8 de Março, a sua 7.ª Assembleia de Organização, que debateu a actual situação política, particularmente a situação do Estaleiro, definiu medidas para o reforço da organização do Partido e elegeu o novo Secretariado, composto por sete camaradas.

O Arsenal do Alfeite, com um volume de negócios de cerca de 45 milhões de euros, emprega directamente cerca de 1550 trabalhadores - menos 350 do que em 2001, quando da realização da última Assembleia -, sendo o único estaleiro nacional com capacidade para a manutenção e reparação de submarinos e outros navios sofisticados e com capacidade de projecto e construção de navios militares. Para além disso, possui um centro de formação e um conjunto de seis laboratórios destinados a garantir a qualidade da sua produção, certificada pelo IPQ. Apesar disto, não tem merecido da parte do Governo a atenção que se impunha, nem sequer por se tratar de uma peça fundamental para o bom desempenho da Marinha. Ao invés, os quase inexistentes níveis de investimento, o atraso na definição de uma reestruturação e de uma formação profissional adequada, a falta de um programa de modernização das infra-estruturas faz com que se encontre, nestes campos, no limiar da ruptura.


Reforçar o PCP


De acordo com a Assembleia, é, pois, ao profissionalismo e ao sentido de responsabilidade dos trabalhadores do Arsenal que se deve a capacidade de assegurar com êxito as tarefas de manutenção, reparação e construção dos navios da Armada Portuguesa. Enquanto isto, a política do Governo aposta na fragilização do emprego público, na desigualdade de direitos dos trabalhadores e aponta para a passagem do Arsenal a SA, com vista à sua privatização, logo, pondo em causa a operacionalidade e prontidão de meios da Marinha.

A célula do PCP propõe, pois, a urgente definição de uma política estratégica para a empresa, no contexto das Forças Armadas e da Marinha, que assegure a manutenção da sua natureza pública; a definição de um «Plano estratégico para o estaleiro, enquadrado na estratégia e âmbito da Marinha Portuguesa e dos restantes EFFAs»; o investimento em infra-estruturas, a adopção de «políticas de recursos humanos que dêem especial atenção às vertentes salarial e de formação profissional, que valorize os trabalhadores como garante de um estaleiro moderno e competitivo, que continua a ser o garante da operacionalidade e prontidão da Marinha Portuguesa.»

Para tanto, a Assembleia considerou fundamental o reforço do PCP, tendo nesse sentido apontado uma série de medidas que visam a melhoria da organização e da intervenção dos comunistas no Arsenal do Alfeite.



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