CGTP: 5 minutos pela paz, contra a guerra
A Comissão Executiva da CGTP-IN anunciou na passada terça-feira, o seu apoio à paralisação simbólica, em defesa da paz, contra a guerra, anunciada para amanhã, pela Confederação Europeia de Sindicatos, CES, por toda a Europa.
Em Portugal, a iniciativa deverá ocupar os primeiros períodos de laboração de tarde, através da paralisação de cinco minutos, ou de qualquer outro gesto simbólico a ser decidido pelos trabalhadores. A CGTP apela que se aprovem moções ou textos de «condenação da guerra e da postura belicista dos EUA».
CGTP condena apoio de Durão a Bush
Em comunicado, a CGTP veio condenou a «atitude servil» do Primeiro Ministro, Durão Barroso, face à administração Bush, «ao declarar que apoiará incondicionalmente os EUA, com ou sem o aval do Conselho de Segurança da ONU», no desencadeamento de uma guerra «contra o povo do Iraque».
A CGTP manifesta o seu «mais vivo repúdio e o seu veemente protesto» em nome dos trabalhadores em geral «que se opõem clara e inequivocamente à guerra», considerando que a gravidade da posição do Governo, «não pode deixar de ser objecto de um pronunciamento dos restantes órgãos de soberania que representam o Estado Português».
O «repúdio» do CPPC e de «Os Verdes»
O Comité Português para a Paz e Cooperação e o Partido Ecologista «Os Verdes», também em comunicado, no passado dia 10, repudiaram o apoio manifestado pelo Governo português a um eventual ataque unilateral dos EUA ao Iraque, sem o aval do Conselho de Segurança da ONU.
Para o CPPC, a posição do Governo é «abertamente contra a opinião da maioria dos portugueses», apelando por isso à participação dos portugueses numa campanha em curso, de envio de cartas para as embaixadas dos países com assento no Conselho de Segurança da ONU, pressionando para o veto às intenções belicistas anglo-saxónicas. "Os Verdes", à semelhança do PCP, exigem explicações do Governo na Assembleia da República.