A maioria PSD/PP pretende agora fazer aprovar a adjudicação do túnel a uma empresa, por «ajuste directo». Para a vereação comunista, a anulação do concurso deve ser encarada, «pelo menos como algo de estranho, já que os maiores consórcios do país não se mostraram aptos a construir a solução apresentada no âmbito do concurso público».

O PCP sempre considerou que a construção do túnel poderia agravar o fluxo de trânsito no centro de Lisboa, «engarrafando» ainda mais a rotunda do Marquês. Por isso, sempre apresentou reservas quanto ao avanço deste projecto, referindo ainda que «sem um debate alargado e a intervenção prévia dos técnicos, não se pode garantir uma solução correcta para aquela zona de Lisboa».

As «desculpas» de Santana

São muitas as situações graves causadas por projectos da maioria PSD/PP de Santana Lopes. Como refere a vereação do PCP, já antes, o Tribunal de Contas recusou vistos de empréstimos bancários, por estes corresponderem a mais do quádruplo dos investimentos previstos, agravado pelo facto da contracção se dever a obras já executadas pela anterior maioria.

Quanto ao Parque Mayer, é o próprio arquitecto convidado que diz não concordar nem com o figurino, nem com os prazos, nem com o modelo. Certo, para já, é que a obra vai custar muito mais do que se poderia pensar. Para o PCP, o debate público e o respeito pelo PDM são essenciais para qualquer solução que se apresente.

Entretanto, Santana Lopes publicou um «livrinho» de balanço do seu trabalho em Lisboa. Segundo a vereação comunista, mais não é do que um conteúdo cheio de «desculpas de mau pagador», referindo que «quando não há obra feita, todas as desculpas de mau pagador são poucas».