Medidas urgentes

Lisboa regrediu

Os vereadores do PCP na Câmara de Lisboa acusam o executivo de Santana Lopes de ser responsável pelo agravamento da qualidade de vida dos lisboetas face à interrupção de serviços cruciais no município.

Para o PCP, a actual situação em Lisboa é inaceitável

Em conferência de imprensa, realizada sexta-feira na Casa do Alentejo, três vereadores e o líder da bancada do PCP na Assembleia Municipal fizeram um balanço do primeiro ano de gestão da coligação PSD/CDS-PP e apresentaram propostas para alterar a actual situação.

Os vereadores comunistas, responsáveis pela gestão camarária durante os últimos 12 anos, acusaram o novo executivo de «parar», «suspender», ou «atrasar» muitos dos projectos, acções e iniciativas que vinham sendo executadas. O Conselho Municipal de Segurança (CMS), por exemplo, organismo responsável pela avaliação e apresentação de pequenas soluções para os problemas de segurança, está suspenso desde a tomada de posse da coligação de direita.

Para os comunistas, a actual situação é inaceitável, uma vez que a criminalidade é um dos grandes problemas dos lisboetas e a inactividade deste organismo não permite conhecer os focos problemáticos da cidade.

A degradação do espaço público «por falta de manutenção», a suspensão de programas como a EPUL Jovem e o encerramento de equipamentos desportivos foram outras das críticas feitas à gestão do actual executivo autárquico.

Os eleitos do PCP acusaram os governantes municipais de deixarem a «cidade sem estratégia» e de «esquecer muitas das principais promessas eleitorais», como a reabilitação da baixa lisboeta ou a anunciada resolução dos problemas dos arrumadores.

 

Medidas urgentes

 

Os vereadores do PCP apresentaram ainda as «dez medidas urgentes que a câmara deve concretizar de imediato, de forma a voltar a dinamizar a vida da cidade» que consideram ter sido «abandonada».

Exigir do Governo a anulação das portagens da CREL, avançar com um plano de emergência que trave a crescente degradação do espaço público da cidade e restabelecer com as juntas de freguesia os protocolos destinados a efectuar pequenas reparações nas habitações mais degradas são algumas das medidas que os comunistas consideram «urgentes».

Mas os vereadores do PCP admitem, ironicamente, que «algumas coisas fizeram destes doze meses», como a negativa restruturação dos serviços camarários, o acordo com o Benfica e o Sporting que se traduziu num negócio lesivo para a cidade, o encerramento de diversos equipamentos desportivos e o abandono dos projectos culturais que davam vida à cidade.



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