Saarauis não estão sós
Começam a ser julgados amanhã, 1 de Fevereiro, num tribunal militar marroquino, 23 presos políticos saarauis, detidos desde 2010 por terem participado, nesse mesmo ano, no acampamento de Gdeim Izik. A iniciativa política de massas que reuniu 20 mil pessoas a escassos 15 quilómetros de El Aaiún, a capital ocupada da República Árabe Saaraui Democrática, foi brutalmente desmantelada pelas forças ocupantes de Marrocos.
Para além de sujeitos a processos políticos, os 23 detidos foram torturados e mantidos em condições degradantes durante o período de cativeiro, informa uma nota divulgada pelo Conselho Português para a Paz e a Cooperação (CPPC).
No mesmo texto, divulgado dia 25 de Janeiro, expressa-se a solidariedade para com uma acção internacional de apoio aos encarcerados, que decorreu dia 26 de Janeiro, e salientou-se o apoio à luta do povo saaraui, «a quem cabe decidir do seu futuro, sem ocupações e ingerências de quaisquer tipo».
Aquando da sua publicação, o documento já tinha sido subscrito por outras 20 organizações, entre as quais a CGTP-IN, Interjovem e federações e estruturas sindicais, pelo Partido Ecologista «Os Verdes» e pela Ecolojovem, pela Juventude Comunista Portuguesa, Movimento Democrático de Mulheres, Associação de Amizade Portugal-Cuba ou Associação de Intervenção Democrática.