Cuba avança
«Comparando com 2011, a maioria das actividades registam resultados superiores, em correspondência com a política de potenciar o desenvolvimento da esfera produtiva como sustentação dos serviços sociais gratuitos, para todos os cubanos, os quais mantiveram níveis similares a partir de uma maior racionalidade e eficiência».
A economia cresceu 3,1 por cento em 2012
A afirmação de Raúl Castro, em Dezembro de 2012, reflete o balanço económico-social da governação durante o ano passado, assim como a justeza e o cumprimento de, orientações que, como também vincou o presidente cubano, têm como objectivo «a perservação e desenvolvimento de uma sociedade socialista sustentável e próspera». Os dados corroboram a apreciação feita, levando a concluir que, apesar dos aumentos nos preços dos alimentos e outros bens a nível global, da crise do sistema capitalista e do recrudescimento do bloqueio dos EUA, Cuba avança.
Segundo números oficiais, a economia cubana cresceu 3,1 por cento em 2012, registando um défice orçamental inferior a quatro por cento e uma taxa de desemprego na ordem dos 3,8 por cento. Agricultura, indústria, transportes e comunicações, comércio e turismo alcançaram taxas de crescimento entre os dois e os seis por cento, factos para os quais contribuíram a adopção de 17 medidas para melhorar a gestão das cooperativas agrícolas ou o aumento da produtividade do trabalho em 2,1 por cento.
Para 2013, os objectivos traçados são igualmente ambiciosos. De acordo com os referidos dados, divulgados a propósito dos 54.º aniversário da revolução, projecta-se um crescimento do PIB em 3,7 por cento, fruto, por exemplo, de um nível de investimento público na esfera produtiva (80 por cento do total) que se pretende que seja 34 por cento superior ao do ano passado.
Beneficiado pelo orçamento para este ano, será, sobretudo, o povo cubano, que sentirá o crescimento dos recursos disponíveis para serviços públicos e satisfação das suas necessidades básicas. Neste âmbito, prevê-se o reforço dos subsídios à construção e requalificação de habitações; da sustentação do cabaz de géneros essenciais e do sistema de Segurança Social, que abrange mais de dois milhões de pessoas; da manutenção dos fundos para o ensino, gratuito, beneficiando mais de dois milhões de crianças e jovens do Pré-escolar ao Superior; ou do investimento no funcionamento de 152 hospitais, 452 policlínicas e mais de 11 mil e 500 consultórios.