Visita obrigatória
O Espaço Central é daqueles locais que qualquer visitante da Festa do Avante! deve visitar. Pelo arrojo do seu projecto e esmero da sua construção. Pelo elevado nível dos debates e excelência das exposições. Por ser aí que estão patentes, de forma mais completa, as batalhas, as propostas e o projecto daqueles que todos os anos erguem e realizam esta grande realização que é a Festa do Avante! – os comunistas portugueses e o seu Partido.
O Espaço Central todos os anos é diferente, mas sempre se impõe pela sua grandiosidade e imponência. Nesta edição da Festa do Avante! não será diferente. Com duas grandes entradas com pórticos e uma torre de 17 metros de altura, forrada com pano vermelho e iluminada (tornando o símbolo do Partido que a encima visível em todo o recinto da Festa), o Espaço Central não deixará ninguém indiferente. Para a parede exterior será transportado o fundamental do que se desenrola na exposição política que estará patente no interior do Espaço Central – em nove grandes painéis, voltados para a avenida central da Festa, serão evocados os 90 anos do PCP, as lutas travadas e a travar, as propostas dos comunistas e o seu projecto de um futuro socialista para Portugal.
Ao contrário de outros anos, haverá apenas uma exposição no interior do Pavilhão Central, a propósito do 90.º aniversário do PCP. Dividida em cinco zonas diferentes e com uma propositada quebra de unidade gráfica entre elas, a exposição versa sobre a longa história do PCP e o seu imenso património, alicerces do futuro que tem à sua frente.
O socialismo é o futuro
Numa primeira zona, a exposição dá destaque à identidade e natureza do PCP, que têm, como características fundamentais: o objectivo de construção do socialismo e do comunismo; a natureza de classe, enquanto partido político da classe operária e de todos os trabalhadores; a base teórica, o marxismo-leninismo; os princípios orgânicos assentes no desenvolvimento criativo do centralismo democrático; o seu carácter de partido simultaneamente patriótico e internacionalista.
A segunda zona debruça-se sobre a resistência clandestina do PCP à ditadura fascista. Destacando a firmeza e dedicação dos militantes comunistas, particularmente dos funcionários clandestinos, nesta parte da exposição realça-se o papel do PCP na construção da unidade antifascista e na dinamização da luta popular. Junto aos painéis da exposição, nesta zona, estarão objectos e documentos do museu do Partido, alguns dos quais inéditos.
O PCP no 25 de Abril e no combate à contra-revolução é o tema da terceira zona da exposição, que salienta a transformação do PCP de um partido clandestino de quadros num grande partido de massas e a contribuição decisiva que deu para as conquistas de Abril. Destaca também a «resistência corajosa e tenaz» ao longo de mais de três décadas de contra-revolução, de que a adesão à CEE/UE é uma «peça central».
A quarta zona é dedicada à actualidade, com o País a enfrentar uma intervenção externa da troika FMI/BCE/UE e um Governo que agrava a exploração e as desigualdades. Partindo da frase de Brecht «melhor do que roubar um banco é fundar um», a quarta zona da exposição aponta os responsáveis pela situação do País (os grandes grupos económicos e financeiros e os seus partidos, PS, PSD e CDS) e reafirma as propostas do PCP para a enfrentar: renegociação da dívida pública, aposta na produção nacional, valorização do trabalho e dos trabalhadores, defesa da soberania nacional.
A quinta zona é dedicada ao objectivo do Partido de construção em Portugal de uma sociedade socialista. Realçando o rol de crimes e misérias provocados pelo capitalismo, na exposição reafirma-se o socialismo como «exigência da actualidade e do futuro».
Num segmento especialmente dedicado aos meios que o PCP dispõe para divulgar as suas análises, propostas e projecto apela-se à leitura do Avante!, d' O Militante e do sítio do Partido na Internet. É aí que estará montado o prelo semelhante aos que foram utilizados durante a luta clandestina para editar milhares de jornais e folhetos que rompiam a censura fascista – e que sempre desperta a curiosidade dos visitantes da Festa.
Para além da exposição estarão patentes no Espaço Central três painéis evocativos: do centenário de nascimento de Manuel da Fonseca e Alves Redol, dos 140 anos da Comuna de Paris e dos 35 anos da Constituição da República.
Debate, arte e descanso
A exposição, ocupando grande parte do Espaço Central, está longe de o esgotar. Em três espaços distintos (Fórum, Auditório e À Conversa com...) realizam-se 15 debates sobre temas variados (ver caixa) e há um ponto onde é possível conversar com dirigentes do Partido, esclarecer dúvidas, manifestar opiniões e, também, aderir ao PCP.
O espaço das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) será dedicado às tecnologias abertas, abordando temas como a neutralidade da rede ou a segurança informática. Durante os três dias da Festa decorrerão demonstrações, debates, instalação e utilização de software livre. Será também editada a versão 8.0 do Komunix, baseada no Ubuntu 11.04, disponibilizado em versão LiveDVD com a possibilidade de ser instalado no computador. As demonstrações são realizadas no próprio espaço das TIC: no sábado, às 11h30, demonstração de linha de comandos em Linux e, à mesma hora de domingo, sobre fotografia digital.
Num dos extremos do Espaço Central fica a Bienal de Artes Plásticas que, no exterior, terá um painel evocativo do pintor moçambicano Malangatana, recentemente desaparecido. O Cineavante (de que demos nota numa edição anterior) também se localiza no interior do Espaço Central.
O Café d'Amizade e a Loja da Festa são outros pontos muito procurados pelos visitantes que justificam uma visita ao Espaço Central da Festa do Avante!.
Os debates no Espaço Central
Fórum
Sexta-feira
21h00: Soberania e Desenvolvimento – Recusar a intervenção externa, renegociar a dívida, defender a produção e os serviços públicos
Sábado
15h30: Novas gerações – Resistir e lutar – Está nas tuas mãos tomar Partido
18h00: PCP – Liberdade, Democracia, Socialismo – Um projecto com futuro
21h00: Os direitos dos trabalhadores e a luta contra a exploração – as alterações à legislação laboral
Domingo
15h00: Defender e cumprir a Constituição da República, garantir um País com futuro
Auditório
Sexta-feira
20h30: Especulação imobiliária e o direito à habitação
Sábado
15h00: Europa – Crise do Capitalismo, luta e alternativa
18h00: TIC – Tecnologias abertas – liberdade e desenvolvimento
20h30: As privatizações e o rumo de desastre nacional
Domingo
15h30: TIC – Redes sociais na Internet
À conversa com...
Sexta-feira
20h30: A ligação do Partido às massas – questão decisiva para o reforço do PCP
Sábado
15h30: A imprensa, a informação e a propaganda do PCP na luta ideológica
18h00: Portugal a produzir
20h30: Liberdade e Democracia – Direito de organização e acção política
Domingo
15h30: A actualidade do ideal comunista – 140 anos depois da Comuna de Paris