Espaços das organizações regionais

O País que resiste e luta

Muito procurados pelos visitantes da Festa, os espaços das organizações regionais do Partido, este ano com novas localizações, têm o que de melhor se faz em Portugal ao nível da gastronomia e da cultura – e, claro, das lutas travadas pelos trabalhadores e pelo povo contra a «austeridade» imposta pelas troikas nacional e estrangeira ao serviço dos interesses do grande capital.

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O espaço do Alentejo, que reúne as organizações de Beja, Évora, Portalegre e Litoral Alentejano, será dedicado ao aniversário do Partido e à afirmação da necessidade de produção nacional, nomeadamente naquela região, outrora o «celeiro» do País. Os 35 anos das primeiras eleições autárquicas também serão evocados.

O espaço do Algarve terá como tema exigência de um novo rumo para a região, sendo a exposição subordinada ao Partido, à situação económica e social e às lutas na região, enquanto que Aveiro enfatiza não só a luta dos trabalhadores mas também, a propósito dos 90 anos do PCP o percurso de destacados dirigentes e militantes comunistas que tiveram ligação ao distrito.

Este ano renovado com a introdução de um espaço próprio de animação, o espaço de Braga evocará a luta dos comunistas contra as injustiças e a exploração e por uma vida melhor, que se trava também no Baixo Minho. Aí será reafirmada a exigência de um plano de emergência para o distrito. Bragança terá duas exposições, uma sobre a actividade e propostas do Partido na região e outra, de índole cultural, que tem como lema A palavra, o Escritor e o Território.

De Coimbra virão as lutas dos trabalhadores e das populações da região, a celebração do aniversário do PCP e o novo Centro de Trabalho regional, recentemente inaugurado. Guarda e Castelo Branco, uma vez mais juntas, darão a conhecer os problemas e potencialidades de ambos os distritos e as propostas do PCP.

Leiria trará, para além de uma exposição de peças em vidro evocativa dos 90 anos do PCP, as consequências para a região da política de direita e as propostas dos comunistas para as combater. Este ano, Lisboa traz como temas centrais o 90.º aniversário do PCP e as lutas dos trabalhadores e das populações em defesa dos seus direitos e aspirações, não esquecendo a importância da corrente artística representada pelo neo-realismo nos 100 do nascimento de Alves Redol e Manuel da Fonseca. Destaque ainda para a nova edição do Caderno Vermelho, cujos temas estão profundamente relacionados com os problemas actuais e as lutas que os trabalhadores desenvolvem contra a política de direita, agora protagonizada pelo Governo PSD/CDS em estreita aliança com o Presidente da República.

Os 90 anos de intervenção do PCP no distrito do Porto dão o mote para o conteúdo político deste espaço, onde uma exposição destacará precisamente os momentos altos destas nove décadas de luta que, neste momento, é importante recordar com os olhos postos no futuro. A luta dos trabalhadores e do povo contra a agressão FMI/BCE/UE não deixará de ter uma forte presença.

Em Santarém, a exposição dará destaque às lutas sociais do distrito com particular atenção para o desenvolvimento da luta de massas em torno da defesa dos serviços públicos, contra a implementação de portagens na A23 e pela defesa do emprego. A 8.ª Assembleia da Organização Regional de Setúbal do PCP, realizada em Abril, estará em primeiro plano no espaço desta organização, pelo que representou de envolvimento do colectivo partidário, de discussão e reforço do próprio Partido. Para além desta questão, estarão presentes na decoração do espaço as questões da produção nacional. O PCP defende uma estratégia integrada para a melhoria da qualidade de vida na região, consubstanciada num plano de desenvolvimento económico, social e cultural que dê prioridade à actividade produtiva, nomeadamente à indústria e à produção nacional de base regional.

As lutas dos trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo contra os despedimentos e pela viabilização da empresa será o tema da exposição do espaço de Viana do Castelo, enquanto que

Vila Real e Viseu não deixarão de destacar o problema crescente da desertificação e as lutas dos seus agricultores. Madeira e os Açores somarão à denúncia da situação política e à valorização da luta e propostas do PCP as eleições regionais.

  

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Pavilhão da Mulher

90 anos de luta do PCP

O Pavilhão da Mulher celebra o incomparável percurso de 90 anos de luta do PCP e o seu compromisso de sempre com a luta emancipadora das mulheres. No espaço do Pavilhão da Mulher serão debatidos importantes temas como «A crise do capitalismo, os direitos e a luta das mulheres» e «A actividade criadora das realizadoras portuguesas». A animação cultural estará presente em vários momentos e no Bar da Igualdade encontrará saladas frescas, bifanas, sopa Atalaia, pataniscas e outros salgados, bolos e frutas, diversas bebidas e a excepcional sangria.

 

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Espaço Criança

Cor, alegria e jogos

Um espaço para todos, é o que se pretende do Espaço Criança. Já é um espaço de todas as crianças que visitam a Festa, cheio de cor, alegria e jogos. Baloiços, pinturas de cara, insufláveis, balões, música e muitos outros jogos animam o espaço dinamizado pela Associação «Os Pioneiros de Portugal». Com tanta coisa para fazer é melhor ir cheio de força e energia, pelo que no Bar Pioneiral se pode encontrar muitas baguetes deliciosas, cachorros, sumos, batidos de fruta e claro, as habituais gomas!

 

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Pavilhão dos Imigrantes

Fraternidade sem limites

Mais um ano em que o Pavilhão dos Imigrantes marca a sua presença política na Festa do Avante!. Num outro espaço do recinto, é certo, mas onde os visitantes encontrarão de novo a fraternidade, a festa e a alegria celebradas com diferentes ritmos e sonoridades. Mais um ano em que o Pavilhão dos Imigrantes terá a sopa borch, a cachupa rica, a moamba, o doce de côco, os já famosos pastéis de milho e cocktails.

 

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Pavilhão da Emigração

Convívio e troca de experiências

O Pavilhão da Emigração voltará a ser o ponto de encontro daqueles, comunistas e amigos que, por opção ou precisamente por não terem outra, estão espalhados pelo mundo. Para além do inevitável convívio e troca de experiências, no Pavilhão da Emigração haverá salsichas alemãs, a sangria do Quim, a sopa da Emília e os crepes da Ana. Depois do sucesso do ano passado, voltam os pequenos-almoços nas manhãs de sábado e domingo.



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Visita obrigatória

O Espaço Central é daqueles locais que qualquer visitante da Festa do Avante! deve visitar. Pelo arrojo do seu projecto e esmero da sua construção. Pelo elevado nível dos debates e excelência das exposições. Por ser aí que estão patentes, de forma mais completa, as batalhas, as propostas e o projecto daqueles que todos os anos erguem e realizam esta grande realização que é a Festa do Avante! – os comunistas portugueses e o seu Partido.

«Aqui respira-se um ambiente de Festa»

A Festa do Avante! é, cada vez mais, o espaço da juventude, que ali sente denunciados os seus problemas, que ali sonha com uma vida melhor, que ali se consciencializa para a necessidade de lutar contra o rumo de afundamento seguido, de ataque aos seus direitos, conquistados também por jovens como eles na Revolução dos Cravos. Em conversa com o Avante!, Cátia Lapeiro, Pedro Martins e Duarte Alves, contaram o que vai proporcionar este ano a Cidade da Juventude, erguida por jovens comunistas, seus amigos e amigos da Festa.

Manifestação cultural de classe

Para Manuel Augusto Araújo e Filipe Diniz, a Bienal da Festa do Avante! é uma mostra só possível na maior iniciativa político-cultural nacional. Este ano, para além dos muitos jovens talentosos que podem ser apreciados por um público amplo e heterogéneo, vai estar patente uma exposição que homenageia Cipriano Dourado, artista militante de verticalidade exemplar.