O Partido que dá força à luta
Cerca de 300 quadros do Partido da região de Setúbal estiveram reunidos no sábado, no Seixal, num plenário que contou com a presença de Jerónimo de Sousa. O reforço do Partido e da luta estiveram no centro das preocupações.
Os comunistas têm grandes responsabilidades no êxito da greve geral
O plenário de quadros da Organização Regional de Setúbal do PCP realizou-se um dia após ter sido tornada pública a decisão do Conselho Nacional da CGTP-IN de convocar para 24 de Novembro uma greve geral. Como não podia deixar de ser, em várias intervenções e na própria resolução aprovada, a questão mereceu uma atenção especial.
Na resolução, garante-se que os militantes do PCP da Península de Setúbal se empenharão no esclarecimento, organização e mobilização para a greve geral e apela-se aos trabalhadores e a todos os sectores atingidos por esta política para que protestem, lutem e confiem nas suas próprias forças. No discurso de encerramento, Jerónimo de Sousa realçou a «inteira solidariedade» do PCP com a decisão da central sindical de enveredar por esta forma superior de luta e realçou a necessidade de «ir lá, onde estão os trabalhadores e os problemas». A greve, acrescentou o dirigente comunista, «decide-se nas empresas, nos locais de trabalho, com os trabalhadores, porque esses é que fazem greve».
Depois de lembrar que ninguém se pode sentir descansado com o anúncio de convocação da greve geral – e com a plena consciência de que falava para os principais quadros de uma das mais poderosas organizações regionais do Partido –, Jerónimo de Sousa recordou que o êxito desta importante jornada de luta depende, em grande parte, dos comunistas, em particular dos trabalhadores e activistas sindicais que sejam membros do Partido.
Daí ser fundamental prosseguir com as medidas de reforço da organização do Partido, decididas no Congresso e desenvolvidas pelo Comité Central, no âmbito da acção Avante! Por um PCP mais forte. A responsabilização de quadros, o recrutamento, a difusão da imprensa e a cobrança das quotas e a criação e dinamização das células de empresa são algumas das medidas fundamentais.
Em várias intervenções, surgiram relatos relativos à situação concreta vivida em empresas e localidades e a necessidade de levar aos trabalhadores e às populações as análises e propostas do Partido. Na resolução, ficou mesmo patente o compromisso de proceder, na região, a uma forte e determinada iniciativa política que, articulada com a intervenção institucional, responda aos anseios e aspirações populares.
Em debate no plenário esteve ainda a luta contra a cimeira da NATO em Portugal e os seus objectivos, que se trava em torno da Campanha «Paz Sim! NATO Não!», da qual fazem parte 104 organizações, entre as quais o PCP. Os comunistas da Península reafirmaram o seu empenho na mobilização para a manifestação convocada pela Campanha para 20 de Novembro em Lisboa.