Abril hoje e sempre! Que ninguém falte!
Depois das imensas comemorações do ano passado, amanhã é dia de voltar a afirmar Abril e os seus valores. Da multiplicidade de acções previstas (manifestações, desfiles, concentrações, convívios, almoços, jantares, concertos e muitas outras), a maior parte é promovida por organizações e estruturas do movimento sindical, associativo e popular e por diversas autarquias locais.
Manifestações, desfiles, concentrações, convívios, concertos
Em Lisboa, está marcado para as 15h00 de dia 25 o desfile da Avenida da Liberdade, entre o Marquês de Pombal e o Rossio. Uma hora antes, no Porto, inicia-se o desfile da liberdade, entre a antiga sede da PIDE, na Rua do Heroísmo, e a Avenida dos Aliados. Em Coimbra, a manifestação popular começa às 15h00 na Praça da República, seguindo-se concertos no Pátio da Inquisição.
No concelho da Moita, está marcado para as 9h00 um desfile entre o Mercado Municipal e a Praça da República, que a Câmara Municipal procurou inviabilizar, e em Almada o movimento associativo concentra-se às 8h45 na Praça MFA seguindo para a Praça São João Baptista. Para o Largo do Coreto de Grândola está marcado um desfile às 15h00. Às 13h00 há um almoço na Arena de Évora e às 14h00 há uma marcha em Arraiolos, junto à Câmara Municipal. Um pouco por todo o País, há comemorações semelhantes e algumas delas começam já hoje, 24, à noite, como é o caso da Zona Oriental de Lisboa, com espectáculo na Praça Paiva Couceiro a partir das 19h00 horas, e do tradicional espectáculo musical na Avenida dos Aliados, no Porto. Em alguns locais, à falta de comemorações oficiais ou populares, o próprio Partido ou a CDU garantem que Abril tem expressão.
Vários municípios preparam programas musicais comemorativos da Revolução.
Mais do que evocação, combate
Mais do que evocar um acontecimento passado, as comemorações do 25 de Abril tratam do presente e do futuro do País – e nestas páginas procuramos mostrar porquê. Mais de meio século passado sobre a Revolução de Abril, está-se perante um confronto que opõe os que ambicionam concluir o processo contra-revolucionário e as forças que, ancoradas nos valores de Abril e na Constituição, lhe resistem. Deste confronto e do seu desfecho depende a evolução do País nos tempos mais próximos.
Se o aprofundamento da política de direita e o processo de integração capitalista na UE favoreceram o aumento da exploração, da concentração da riqueza, das desigualdades e injustiças, da dependência e subordinação face ao exterior, os valores de Abril alimentam a esperança de liberdade, democracia, direitos e paz. Um caminho necessário para a construção de uma vida melhor num País desenvolvido e soberano, de progresso social e de paz, um Portugal com futuro.
Celebrar Abril não é apenas lembrar aquela madrugada libertadora e os meses e anos que se seguiram, mas sim combater retrocessos, romper com a política de direita, enfrentar forças e projectos reaccionários, defender todas e cada uma das conquistas da Revolução, alicerces do País desenvolvido, soberano e justo que todos os dias nos esforçamos por construir, concretizar uma outra política, vinculada aos seus valores.
Amanhã é (apenas) mais um dia de luta por Abril. Que ninguém falte!