Do militante de base até ao dirigente, é o Partido inteiro que está voltado para a dinamização da acção nacional. Prova disso foi a acção de contacto que se realizou, anteontem, dia 11, na PSA, em Sines, para a qual estava prevista a participação de Paulo Raimundo, que não se concretizou devido ao debate da moção de confiança apresentada pelo Governo, na Assembleia da República (ver páginas 10 e 11).

O que não impediu o contacto com estes trabalhadores e, para além da recolha de assinaturas, foi possível distribuir a edição de Fevereiro do boletim da organização do PCP no Complexo Industrial e Portuário de Sines. Neste, os comunistas saúdam a luta de dia 6 na PSA que contou com mais de uma centena de trabalhadores. Nele, alertam ainda para que estes evitem qualquer tentativa de «resfriar a luta, de paralisar os espaços de organização dos trabalhadores» e que «prossigam o necessário processo reivindicativo». «Divididos, a administração da empresa consegue impor os ataques que há tanto procuram concretizar», mas «unidos, os trabalhadores têm a força suficiente para conquistar uma progressão de carreira, garantir salários justos e horários adequados», pois «só através da luta é possível avançar».

O reconhecimento do desgaste rápido no sector industrial é outro dos temas destacados pelo boletim. Sobre este, os comunistas recordam a petição, com mais de 13 mil assinaturas, que foi discutida na Assembleia da República.

Por uma vida melhor

No boletim, afirma-se ainda a necessidade de aumentar salários, de garantir o direito à habitação e à creche gratuita para todas as crianças, de defender e melhorar os serviços públicos (como o SNS e a Escola Pública) e de construir um País com futuro, desenvolvido e soberano. Para isso, o boletim, tal como o PCP, apela à acção dos trabalhadores da PSA na luta por uma vida melhor e que se associem à acção nacional Aumentar Salários e Pensões, dirigida ao primeiro-ministro.