Mulheres manifestam-se por igualdade, direitos, justiça social e paz
O MDM assinala os 50 anos da primeira comemoração em liberdade do Dia Internacional da Mulher, 8 de Março, com acções em todo o País. Em Lisboa, a Manifestação Nacional de Mulheres realiza-se, às 14h30, entre os Restauradores e a Praça do Município.
Aumento da precariedade, da violência e da exploração
«Apesar das conquistas alcançadas com a Revolução de Abril, a luta pela igualdade, justiça social e paz não está apenas longe de estar concluída, como se torna ainda mais urgente face aos retrocessos que ameaçam os direitos das mulheres», adverte o Movimento Democrático de Mulheres (MDM), em comunicado.
A Manifestação Nacional de Mulheres deste ano assume uma forte expressão de rua em 18 distritos. Além de Lisboa, têm lugar acções em Setúbal (9h00, caminhada com partida da Junta da Freguesia de S. Sebastião ou do Pólo da Anunciada da União de Freguesias de Setúbal), Porto (15h00, desfile, Praça da Batalha), Aveiro (14h30, desfile, Av. Dr. Lourenço Peixinho/CP), Beja (14h30, desfile, Casa da Cultura), Leiria (15h00, desfile, Largo Goa Damão e Diu), Coimbra (14h30, desfile, Praça Princesa Cindazunda), Portalegre (10h00, desfile, Mercado Municipal), Évora (14h30, desfile, Praça do Giraldo), Torres Novas/Santarém (desfile, 14h30, Largo das Forças Armadas), Braga (14h30, concentração, Praça da República/Arcada), Mirandela/Bragança (14h30, concentração, Parque Luciano Cordeiro), Covilhã/Castelo Branco (21h30, Mapa Mundi, Pelourinho; 23h00, Rua do Norte), Faro (17h30, concentração, Largo do Teatro; 18h00, espectáculo no Teatro das Figuras), Guarda (15h00, tribuna pública, Jardim José Lemos), Santiago do Cacém (10h00, desfile, Estádio Municipal Miróbriga), Viseu (14h30, desfile, Largo de Santa Cristina/Rossio), Viana do Castelo (15h00, concentração, Praça da República), Vila Real (15h00, tribuna pública, Praça do Município), ilha Terceira/Açores (16h00, tribuna pública, com distribuição de saudação do MDM às mulheres açorianas).
PCP apela à luta
O PCP apela à Manifestação Nacional da Mulher que o MDM promove a 8 de Março, «um dia especial de luta, de exigência de igualdade no trabalho, na família e na sociedade, todos os dias do ano». «As discriminações, desigualdades e violência que incidem sobre as mulheres não são uma fatalidade. Elas são o resultado de uma política contrária à elevação das suas condições de vida e de trabalho e ao cumprimento dos seus direitos nas diversas dimensões», salientam os comunistas, num documento que está a ser distribuído a nível nacional e no qual se afirma: «Libertar as mulheres de todas as formas de exploração e opressão é indissociável da sua luta pela sua emancipação, num país de justiça, progresso social e paz».
O Partido assume o compromisso de continuar a batalha pelo aumento de todos os salários em 15 por cento, no mínimo de 150 euros, fixar o salário mínimo nacional em 1000 euros e valorizar carreiras; apostar na produção nacional, com a participação das mulheres em todos os sectores de actividade.
Reforçar o Serviço Nacional de Saúde; defender o Sistema Público de Segurança Social; promover mais habitação pública; cumprir a função social da maternidade; prevenção e combate a todas as formas de violência; redução das despesas militares, pela paz e contra a guerra, são propostas dos comunistas.
Semana da Igualdade
Até 12 de Março, decorre, também em todo o País, a Semana da Igualdade da Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens (CIMH/CGTP-IN), que se iniciou ontem, 5, sob o lema «Igualdade no trabalho. Liberdade na vida. Tempo de luta. Futuro de paz». Desta forma pretende-se denunciar os problemas com que as trabalhadoras são confrontadas.