Luta não desarma no sector alimentar

Os trabalhadores da Dan Cake estiveram em greve no dia 20, com a paralisação a sentir-se nas duas fábricas da marca, em Coimbra e na Póvoa de Santa Iria. Em causa está a negociação do caderno reivindicativo, que inclui entre outras exigências aumentos salariais de 150 euros para todos os trabalhadores, o pagamento de um subsídio de turno (que a empresa processa pelo valor de 1 euro, o que o sindicato do sector, o SINTAB, considera «uma atitude de total desrespeito») e a implementação de um regime de diuturnidades. Exigem ainda o aumento do valor do subsídio de refeição, congelado há anos em 7 euros, claramente insuficiente.

Em nota de imprensa sobre a greve, o sindicato recorda que a «maioria dos trabalhadores da Dan Cake, recentemente adquirida pela multinacional Biscuit International, passaram todos estes anos a ser pagos pelo salário mínimo nacional, o que nunca tinha acontecido em toda a história da empresa».

Na Carnes Nobre, em Rio Maior, a luta continuará face à indisponibilidade transmitida pela empresa em negociar qualquer ponto do caderno reivindicativo. Reunidos em três plenários, mais de 400 trabalhadores, maioritariamente mulheres e mães, reafirmaram a continuidade da luta, que consideram justa e necessária para conquistar o merecido aumento salarial. Para o SINTAB, está em causa não só responder ao «brutal aumento do custo de vida», mas também a «valorização do saber e do fazer, da profissão desta gente que, fazendo bem, permite que a empresa o venda como bom, e por isso merece a sua quota parte da riqueza que produz».

Entretanto, 32 trabalhadores subcontratados através de uma empresa de trabalho temporário (a Knower) vão passar ao quadro da Coca-Cola, para a qual prestam serviço diariamente há vários anos. Estes trabalhadores passarão a ter não só estabilidade laboral como verão os seus vencimentos aumentar em cerca de 200 euros.

 



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