Novo Banco pode e deve estar sob controlo público
Face às mais recentes notícias que vieram a público sobre a aquisição de participações no Novo Banco, o PCP reiterou, no dia 31, que o Estado português «pode e deve ter uma política de recuperação do controlo público». Uma opção que, explica numa nota de imprensa, é «legítima e que, se inserida numa estratégia de desenvolvimento nacional, deve ser considerada» e ter como ponto de partida a participação que o Estado português já detém no Novo Banco (12 por cento) e a participação actual do Fundo de Resolução no Novo Banco (13 por cento).
Para o PCP, esta seria uma opção que, envolvendo a intervenção da Caixa Geral de Depósitos, não deveria passar pela fusão das duas (Caixa Geral de Depósitos e Novo Banco), mas sim pela manutenção de ambas, assegurando a vocação e características próprias da oferta de cada uma delas.
O Partido considera ainda necessário o «fortalecimento do papel do Estado também no sector financeiro e a paragem e reversão da entrega da banca portuguesa ao capital estrangeiro, designadamente a instituições espanholas».
Na nota recorda-se também que o PCP «sempre defendeu que, como resultado da aplicação da medida de resolução ao Banco Espírito Santo, se realizasse a integração do Novo Banco na esfera pública do sector bancário, acompanhada da nacionalização das restantes componentes não financeiras do Grupo Espírito do Santo.