Eleições presidenciais na Bielorrússia
Aleksandr Lukashenko foi reeleito no domingo, 26, com larga maioria, para mais um mandato de cinco anos como presidente da Bielorrússia. A eleição presidencial decorreu sem incidentes, apesar da ingerência dos EUA e da UE.
Lukashenko: União Europeia não reconhece resultados eleitorais por «submissão» às autoridades norte-americanas
O presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, foi reeleito para um novo mandato, até 2030, com 5136293 votos, cerca de 86.82% dos votantes, segundo resultados ainda provisórios.
Os restantes candidatos obtiveram as seguintes votações: Sergei Syrankov, dirigente do Partido Comunista da Bielorrússia, com 3,21%; Oleg Gaidukevich, presidente do Partido Liberal Democrático, com 2,02%; a independente Anna Kanopatskaya, com 1,86%; e Aleksandr Khizhnyak, líder do Partido Republicano do Trabalho e da Justiça, com 1,74%.3,60% dos votantes optaram por votar em nenhum dos candidatos.
A Comissão Eleitoral Central (CEC) informou que estavam inscritos 6,9 milhões de eleitores, que tiveram acesso a mais de 5300 locais de votação. Participaram na votação 81,5 por cento dos eleitores registados. Foram às urnas antecipadamente, entre os dias 21 e 25, 41,81 por cento dos votantes. Acompanharam o processo eleitoral mais de 44 mil observadores nacionais e cerca de 500 observadores internacionais.
Falando aos jornalistas, depois de votar, Lukashenko assegurou que a eleição presidencial teve lugar para o bem-estar do seu povo, sem ter em conta as opiniões externas: «Que reconheçam ou não estas eleições na União Europeia é uma questão de gostos. Para mim, o mais importante é que os bielorrussos reconheçam estas eleições e que as concluam pacificamente tal como a começaram. Isso é o principal».
O chefe do Estado bielorrusso qualificou como uma «submissão às autoridades norte-americanas» a recente resolução do Parlamento Europeu que declarou não reconhecer a realização e os resultados desta eleição presidencial. Lukashenko reafirmou, contudo, que a Bielorrússia continua disponível para dialogar com a União Europeia, na condição de iguais.