Interesses da Vinci opõem-se aos do País

Foi apro­vado na co­missão de Eco­nomia, dia 8, o re­que­ri­mento do PCP para ouvir no Par­la­mento o mi­nistro das Infra-es­tru­turas sobre os anún­cios do Go­verno re­la­ti­va­mente ao Novo Ae­ro­porto de Lisboa.

Em causa, além das de­cla­ra­ções con­tra­di­tó­rias entre go­ver­nantes, está a forma como o pro­cesso está a ser con­du­zido pelo Exe­cu­tivo, a qual, na pers­pec­tiva do PCP, re­sul­tará em «de­ci­sões rui­nosas para o in­te­resse do Es­tado e de todo o País, com custos para o erário pú­blico di­rec­ta­mente re­sul­tantes da opção po­lí­tica de pro­teger e pri­vi­le­giar a mul­ti­na­ci­onal Vinci».

Isso mesmo afirmou o de­pu­tado An­tónio Fi­lipe no texto onde pede a au­dição do mi­nistro e no qual alerta para o pro­pó­sito de «trans­ferir ainda mais re­cursos pú­blicos para a Vinci», seja por via do OE seja pelo pro­lon­ga­mento dos anos de con­cessão dos ae­ro­portos na­ci­o­nais.

En­tre­tanto, para ontem, quarta-feira, 15, es­tava agen­dada a au­dição da mi­nistra da Ad­mi­nis­tração In­terna sobre a ope­ração po­li­cial efec­tuada em Lisboa em De­zembro úl­timo. Para o PCP, que re­quereu esta au­dição, há dú­vidas por es­cla­recer da parte do Go­verno quanto ao modo como de­correu a re­fe­rida ope­ração po­li­cial, no­me­a­da­mente no to­cante à sua pro­por­ci­o­na­li­dade e ade­quação ao ob­jec­tivo anun­ciado.

 



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