Intervenção de abertura de Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP

Aqui está o PCP pronto para cumprir o seu papel

 

Uma grande sau­dação aos de­le­gados que aqui re­pre­sentam o nosso co­lec­tivo par­ti­dário, uma sau­dação que se es­tende aos con­vi­dados que aqui estão e a todos os que as­sistem por via da trans­missão que es­tamos a re­a­lizar.
Saúdo ainda os amigos oriundos das mais di­versas ins­ti­tui­ções e or­ga­ni­za­ções, dos mais di­versos qua­drantes po­lí­ticos, áreas so­ciais e cul­tu­rais, que muito nos honram com a sua pre­sença.
Per­mitam-me di­rigir uma pa­lavra par­ti­cular a todos os que ga­rantem o fun­ci­o­na­mento de todos os ser­viços do Con­gresso, um exemplo de mi­li­tância e de­di­cação: é um or­gulho poder contar com a vossa con­tri­buição.
O XXII Con­gresso é um mo­mento de grande sig­ni­fi­cado para o nosso Par­tido e de grande im­por­tância para os tra­ba­lha­dores, para o povo, para a ju­ven­tude, para o País.
Um Con­gresso com ca­rac­te­rís­ticas únicas, cujo pro­cesso de cons­trução é in­se­pa­rável do Par­tido que somos, da nossa iden­ti­dade co­mu­nista, da nossa his­tória, da li­gação que temos aos tra­ba­lha­dores e ao povo, do ideal que as­su­mimos e pelo qual lu­tamos e do pro­jecto de trans­for­mação da so­ci­e­dade que que­remos con­cre­tizar.
Aqui cada um tem não apenas o di­reito, mas o dever de dar a sua con­tri­buição para a re­flexão co­lec­tiva e para o apu­ra­mento das ori­en­ta­ções, tal como fa­remos nestes três dias.
Nestes meses, o Par­tido foi cha­mado a iden­ti­ficar ques­tões, pro­blemas e ca­mi­nhos, para com­pre­ender e in­tervir na re­a­li­dade que en­fren­tamos.
A partir desses ele­mentos e do nosso va­lioso pa­tri­mónio de apre­ci­ação e aná­lise, as­su­midos no Pro­grama do Par­tido, em re­so­lu­ções de Con­gressos an­te­ri­ores, nas ava­li­a­ções e ori­en­ta­ções es­ta­be­le­cidas pelo Co­mité Cen­tral, e nas con­clu­sões da Con­fe­rência Na­ci­onal, ela­bo­rámos o pro­jecto de Teses/​Re­so­lução Po­lí­tica que desde o final de Se­tembro o Co­mité Cen­tral co­locou à dis­cussão em todo o Par­tido.
Um pro­cesso tra­ba­lhoso e exi­gente, mas si­mul­ta­ne­a­mente es­ti­mu­lante e in­dis­pen­sável para ga­rantir aquilo que se impõe num Par­tido como o nosso – uma pro­funda de­mo­cracia in­terna.
Apesar de uma fase pre­pa­ra­tória mais curta em re­lação a ou­tros con­gressos, é de su­bli­nhar o es­forço e en­vol­vi­mento do Par­tido na cons­trução co­lec­tiva do XXII Con­gresso.
Re­a­li­zámos cerca de 900 reu­niões, en­vol­vendo cerca de 14 mil mem­bros do Par­tido, a que se acres­centa a par­ti­ci­pação de muitos amigos com os quais par­ti­lhamos pre­o­cu­pa­ções, que­remos dis­cutir o pre­sente e cons­truir fu­turo.
A pre­pa­ração do Con­gresso do PCP foi o que os tra­ba­lha­dores e o povo pre­ci­savam que fosse – de­bate, in­ter­venção, luta, pro­jecto, es­pe­rança, co­ragem e con­fi­ança no fu­turo.
Aqui olhamos para a vida e para a evo­lução da si­tu­ação a partir dos in­te­resses de classe dos tra­ba­lha­dores e dos povos, dos ex­plo­rados e opri­midos.
Aqui não as­si­mi­lamos, pelo con­trário, damos com­bate aos in­te­resses, à ide­o­logia e aos ob­jec­tivos do ca­pital.
Aqui as­su­mimos a nossa visão pa­trió­tica e os nossos de­veres in­ter­na­ci­o­na­listas.
Aqui que­remos trans­formar a so­ci­e­dade, que­remos romper com in­jus­tiças e de­si­gual­dades, que­remos abrir ca­minho a uma al­ter­na­tiva para o País, que­remos a paz, a de­mo­cracia, que­remos os va­lores de Abril no fu­turo de Por­tugal.

Ca­pi­ta­lismo: ex­plo­ração e guerra

Ca­ma­radas, há um as­pecto in­con­tor­nável que marca a re­a­li­dade, a in­tensa luta ide­o­ló­gica, uma ex­pressão da luta de classes que atra­vessa a nossa época.
É um facto que ofen­siva ide­o­ló­gica sempre houve, a grande di­fe­rença nos dias de hoje é a sua di­mensão, meios e ins­tru­mentos ao seu ser­viço.
In­ten­si­ficam-se à es­cala global os me­ca­nismos de con­di­ci­o­na­mento e con­trolo ide­o­ló­gico an­co­rados em gi­gan­tescos grupos eco­nó­micos que con­trolam os meios de co­mu­ni­cação e as redes di­gi­tais e pro­curam impor o pen­sa­mento único e iludir a na­tu­reza do ca­pi­ta­lismo.
Querem ocultar a ex­plo­ração dos tra­ba­lha­dores, a opressão dos povos, a bru­ta­li­dade da guerra, a des­truição dos re­cursos na­tu­rais.
Querem travar e atrasar a luta e a re­sis­tência dos povos.
Querem es­conder as in­jus­tiças e os seus res­pon­sá­veis e li­quidar di­reitos.
Querem le­gi­timar a es­ca­lada do mi­li­ta­rismo, as san­ções, os bom­bar­de­a­mentos, as in­ge­rên­cias, os golpes e calar quem luta pela paz.
Querem re­es­crever a his­tória, in­cluindo a his­tória da Re­vo­lução Por­tu­guesa.
Querem pro­mover o an­ti­co­mu­nismo, o ra­cismo, o ódio e con­cep­ções re­ac­ci­o­ná­rias e fas­ci­zantes, a quem dão cada vez mais es­paço e pro­jecção.
Estes são tempos de de­sin­for­mação, de no­tí­cias falsas e men­tiras, de ma­ni­pu­lação e cen­sura pro­mo­vidas à es­cala global.
Ig­norar esta ofen­siva, seria não apenas in­génuo, mas pe­ri­goso para a luta que tra­vamos.
Uma ofen­siva que ocorre num mundo em mu­dança, com rá­pidos e pre­o­cu­pantes de­sen­vol­vi­mentos, onde o ca­pi­ta­lismo re­vela a sua na­tu­reza ex­plo­ra­dora, opres­sora, agres­siva e pre­da­dora.
O ca­pi­ta­lismo que per­mite que as cinco pes­soas mais ricas do mundo te­nham du­pli­cado a sua ri­queza desde 2020, é o mesmo que con­dena cen­tenas de mi­lhões de seres hu­manos à mi­séria mais ab­so­luta, à fome, à do­ença evi­tável ou à falta de água po­tável.
Um sis­tema que agrava a ex­plo­ração, de­grada as con­di­ções de vida, ataca di­reitos, a so­be­rania e a de­mo­cracia, apro­funda os pro­blemas am­bi­en­tais.
Um sis­tema que pro­move a guerra, que fo­menta forças re­ac­ci­o­ná­rias, de ex­trema-di­reita e fas­cistas para al­cançar os seus ob­jec­tivos.

Dar opor­tu­ni­dade à paz

Os úl­timos anos são re­ve­la­dores da vi­o­lenta ofen­siva do im­pe­ri­a­lismo, com a sua es­ca­lada de con­fron­tação e guerra, como vemos no Médio Ori­ente, na Pa­les­tina, no Lí­bano e na Síria, na Eu­ropa, no­me­a­da­mente na Ucrânia, na Ásia-Pa­cí­fico e nou­tras partes do mundo.
Um ca­minho de fo­mento do mi­li­ta­rismo, de cres­centes ame­aças à paz, com o pe­rigo de um con­flito mun­dial que, a não ser tra­vado, po­derá as­sumir ca­tas­tró­ficas pro­por­ções.
Ex­pressão con­creta desta es­cala é em si mesmo a NATO, com a sua acção be­li­cista, o seu su­ces­sivo alar­ga­mento, a sua in­ter­venção de âm­bito global.
Re­pre­sen­tando hoje mais de me­tade das des­pesas mi­li­tares no plano mun­dial, a NATO é o braço ar­mado do im­pe­ri­a­lismo e o seu mais pe­ri­goso ins­tru­mento na ofen­siva em curso.
Uma ofen­siva que é li­de­rada pelo im­pe­ri­a­lismo norte-ame­ri­cano, e cujo ob­jec­tivo de im­po­sição da su­pre­macia dos in­te­resses dos EUA não se al­te­rará com a nova ad­mi­nis­tração Trump.
Uma ofen­siva a que se as­socia a União Eu­ro­peia, com o seu cada vez mais evi­dente ca­minho mi­li­ta­rista e pilar eu­ropeu da NATO.
Uma ofen­siva através da qual as grandes po­tên­cias ca­pi­ta­listas, reu­nidas no G7, pro­curam con­tra­riar o seu de­clínio re­la­tivo e a sua perda de do­mínio he­ge­mó­nico, pe­rante o de­sen­vol­vi­mento de um amplo pro­cesso de re­ar­ru­mação de forças no plano mun­dial e o pros­se­gui­mento da luta dos tra­ba­lha­dores e dos povos.
Um pro­cesso de re­ar­ru­mação de forças em que a China as­sume um papel des­ta­cado e onde par­ti­cipam ou­tros países em de­sen­vol­vi­mento com um cres­cente peso eco­nó­mico e po­lí­tico, que pro­curam con­vergir, num quadro muito he­te­ro­géneo, na re­sis­tência ao do­mínio do im­pe­ri­a­lismo.
Um pro­cesso cuja ava­li­ação é in­dis­so­ciável da ava­li­ação da ameaça prin­cipal.
No con­texto de re­sis­tência e acu­mu­lação de forças no plano mun­dial, co­e­xistem sé­rios pe­rigos mas também po­ten­ci­a­li­dades para o de­sen­vol­vi­mento da luta.
Luta que aí está e se de­sen­volve nas mais va­ri­adas con­di­ções.
Uma luta que exige o for­ta­le­ci­mento dos par­tidos co­mu­nistas e da sua co­o­pe­ração e a con­ver­gência de di­ver­si­fi­cadas forças numa ampla frente anti-im­pe­ri­a­lista, que trave e faça re­cuar os in­tentos do im­pe­ri­a­lismo e abra ca­minho a uma nova ordem in­ter­na­ci­onal capaz de as­se­gurar a paz e a jus­tiça nas re­la­ções entre os povos.
A re­a­li­dade, o tempo e a vida estão a dar-nos razão.
Como sempre aler­támos, a cor­rida aos ar­ma­mentos e a guerra servem e bem os lu­cros da in­dús­tria da morte, mas podem con­duzir a Hu­ma­ni­dade à des­truição.
Quantos mortos, quanto so­fri­mento, quanta de­vas­tação po­de­riam ter sido evi­tados?
Até onde estão dis­postos a ir aqueles que todos os dias exigem mais guerra, mais armas, mais des­truição para impor os seus in­te­resses?
Para onde nos querem em­purrar?
Parem a guerra, parem a morte, parem o so­fri­mento, parem de em­purrar a Hu­ma­ni­dade para o abismo!
É pre­ciso dar uma opor­tu­ni­dade à paz!
A luta pela paz é uma luta pela de­mo­cracia e pelo fu­turo, uma luta que con­voca todos os de­mo­cratas.
Querem si­len­ciar a voz e a força da paz, mas não con­se­guirão.
Aqui es­tamos e es­ta­remos para de­nun­ciar todos os res­pon­sá­veis e cúm­plices desta es­ca­lada que para al­guns não tem li­mites.
Aqui es­tamos e es­ta­remos para dizer que o fu­turo dos nossos jo­vens não é, nem será, o de serem carne para ca­nhão onde a NATO de­cidir.
Aqui es­tamos em­pe­nhados na luta pela paz e não nos ca­lamos pe­rante o ge­no­cídio do povo pa­les­ti­niano às mãos de Is­rael e dos seus cúm­plices.
Do nosso Con­gresso re­a­fir­mamos que a Pa­les­tina não está so­zinha, que a Pa­les­tina ven­cerá.
Não ca­lamos e sau­damos os tra­ba­lha­dores e os povos que, por esse mundo fora, re­sistem e lutam pela sua so­be­rania e di­reitos, que al­cançam im­por­tantes mu­danças e avanços, que põem cada vez mais em causa a ordem im­pe­ri­a­lista.
Um abraço so­li­dário a Cuba, ao povo cu­bano e à sua re­vo­lução, à Ve­ne­zuela bo­li­va­riana e ao povo ve­ne­zu­e­lano, ao Sara Oci­dental e ao povo sa­rauí, exem­plos, entre muitos ou­tros, de re­sis­tência he­róica na luta que tra­vamos por um mundo mais justo e me­lhor.
Ao con­trário do que al­guns gos­ta­riam, a His­tória não acabou e o ca­pi­ta­lismo não é o fim da His­tória.
Neste pri­meiro quartel do sé­culo XXI, os tra­ba­lha­dores e os povos re­sistem, in­tervêm na afir­mação dos seus di­reitos, al­cançam vi­tó­rias, e trans­portam so­nhos e as­pi­ra­ções que não podem con­ti­nuar à es­pera.
É ver­dade que o mundo está mais pe­ri­goso, ins­tável, in­justo e de­si­gual, mas não é menos certo que a luta pros­segue e que a cons­trução da nova so­ci­e­dade li­berta de todas as formas de ex­plo­ração e opressão se afirma como uma ne­ces­si­dade que, tal como se re­vela todos os dias, está nas mãos dos povos levar por di­ante.
Esta é a marcha da His­tória, em­pur­rada pela luta dos tra­ba­lha­dores, por ca­mi­nhos di­fe­ren­ci­ados, com avanços e re­cuos, mas num sen­tido geral de eman­ci­pação que co­loca a su­pe­ração re­vo­lu­ci­o­nária do ca­pi­ta­lismo pelo so­ci­a­lismo como exi­gência da ac­tu­a­li­dade e do fu­turo.

União Eu­ro­peia sem “más­cara”

Por­tugal não é alheio ao mundo que o ro­deia. Meio sé­culo de­pois da Re­vo­lução de Abril, o País em que vi­vemos e in­ter­vimos é mar­cado pelo apro­fun­da­mento da po­lí­tica de di­reita e pelo pro­cesso de in­te­gração ca­pi­ta­lista da União Eu­ro­peia.
Somos cha­mados a in­tervir num quadro de acres­cida exi­gência, com uma cor­re­lação de forças mais des­fa­vo­rável e uma brutal ofen­siva contra o Par­tido.
Crescem e são pro­mo­vidas con­cep­ções e prá­ticas re­ac­ci­o­ná­rias ali­men­tadas pela po­lí­tica an­ti­po­pular do Go­verno PSD/​CDS, tal como du­rante a mai­oria ab­so­luta PS.
En­fren­tamos as con­sequên­cias de um País co­man­dado pelo poder dos grupos eco­nó­micos e das mul­ti­na­ci­o­nais que do­minam e con­trolam os prin­ci­pais sec­tores es­tra­té­gicos – os bancos, a energia, as co­mu­ni­ca­ções, a grande dis­tri­buição, a in­dús­tria.
Grupos eco­nó­micos com um papel cres­cente na vida po­lí­tica e na ori­en­tação eco­nó­mica do País e que en­contra no poder po­lí­tico, cap­tu­rado e ao seu ser­viço, ins­tru­mento para a con­cre­ti­zação dos seus ob­jec­tivos.
Em con­fronto aberto com a Cons­ti­tuição, numa clara es­tra­tégia de re­cons­ti­tuição e re­or­ga­ni­zação do ca­pi­ta­lismo mo­no­po­lista e de re­con­fi­gu­ração do Es­tado de acordo com os seus in­te­resses.
Por­tugal é hoje um País em que su­ces­sivos go­vernos têm as­su­mido como ori­en­tação es­tra­té­gica a ce­dência da so­be­rania do País e a sub­missão às im­po­si­ções da União Eu­ro­peia e aos in­te­resses es­tran­geiros.
Essa União Eu­ro­peia que é cada vez mais um ins­tru­mento e es­paço de do­mínio dos mo­no­pó­lios, de­ter­mi­nada pelas grandes po­tên­cias ca­pi­ta­listas eu­ro­peias, elas mesmas ali­nhadas e su­bor­di­nadas à es­tra­tégia dos EUA e da NATO.
Se dú­vidas hou­vesse, aí está a pro­moção do au­mento das des­pesas mi­li­tares e da in­dús­tria do ar­ma­mento à custa da paz, dos di­reitos e das con­di­ções de vida dos tra­ba­lha­dores e dos povos.
Um mi­li­ta­rismo in­sa­ciável e de­su­mano que leva já o ac­tual Se­cre­tário-Geral da NATO a atrever-se a propor que se corte nos or­ça­mentos da saúde e das pen­sões de re­forma para gastar mais no ar­ma­mento e na guerra.
Essa União Eu­ro­peia apre­sen­tada como farol das vir­tudes oci­den­tais, mas mar­cada por re­tro­cessos no plano so­cial, com mais de 95 mi­lhões de pes­soas em risco de po­breza.
Uma União Eu­ro­peia que deixou cair a más­cara du­rante o pe­ríodo da troika, que o povo por­tu­guês não es­quece, que é cúm­plice do ge­no­cídio na Pa­les­tina, que tem res­pon­sa­bi­li­dades na morte de mi­lhares de pes­soas no Me­di­ter­râneo, que é apo­lo­gista da guerra e da NATO, e palco para o cres­ci­mento da ex­trema-di­reita.
Uma União Eu­ro­peia cujas ori­en­ta­ções e di­rec­trizes são im­pul­si­o­nadas em Por­tugal a partir da con­ver­gência de forças po­lí­ticas, da di­reita à so­cial-de­mo­cracia, com as con­sequên­cias que estão à vista, desde logo na perda de so­be­rania.

Agravam-se as di­fi­cul­dades da mai­oria

A vida está a con­firmar que, pe­rante de­mis­si­o­nismos e cum­pli­ci­dades de ou­tros, é no PCP que re­side a força e a de­ter­mi­nação para dar com­bate a pro­jectos que dão lastro às de­si­gual­dades e in­jus­tiças e que su­bor­dinam o País a in­te­resses que não são os seus.
As marcas da po­lí­tica de di­reita aí estão es­pe­lhadas nas di­fi­cul­dades na vida dos tra­ba­lha­dores, com a in­ten­si­fi­cação da ex­plo­ração su­por­tada no ataque aos di­reitos la­bo­rais, na pre­ca­ri­e­dade, na ma­nu­tenção dos baixos sa­lá­rios.
 Di­fi­cul­dades também para cen­tenas de mi­lhares de re­for­mados, con­fron­tados com pen­sões baixas e des­va­lo­ri­zadas, na mai­oria dos casos de­pois de uma vida in­teira de tra­balho.
Di­fi­cul­dades que se ex­pressam numa ju­ven­tude que não en­contra no País as con­di­ções para cá tra­ba­lhar e viver.
Di­fi­cul­dades que a mai­oria en­frenta que con­trastam com os es­can­da­losos lu­cros dos grupos eco­nó­micos com peso cres­cente do ca­pital es­tran­geiro.
Uma eco­nomia se­ques­trada por esses grandes in­te­resses, as­sente num mo­delo eco­nó­mico que des­preza a pro­dução na­ci­onal e pri­vi­legia ac­ti­vi­dades de baixo valor acres­cen­tado, de lucro fácil e ime­diato.
Um mo­delo que acentua a de­si­gual­dade na dis­tri­buição da ri­queza, des­va­lo­riza e de­grada os ser­viços pú­blicos, pro­move pri­va­ti­za­ções e a li­be­ra­li­zação de sec­tores, pri­vi­legia os fundos e a es­pe­cu­lação imo­bi­liária ne­gando o acesso à ha­bi­tação, trans­fere para o povo o peso da fac­tura da po­lí­tica de classe pros­se­guida.
Uma po­lí­tica de classe le­vada por di­ante, pela mão do PS, em par­ti­cular nos seus dois anos de mai­oria ab­so­luta, e agora acen­tuada pelo Go­verno de turno do PSD e do CDS, que age em sin­tonia com os pro­jectos das forças mais re­ac­ci­o­ná­rias, Chega e IL.
Forças que, sendo di­fe­rentes entre si, estão unidas na­quilo que é es­sen­cial aos in­te­resses do grande ca­pital.
Os pri­meiros meses deste Go­verno con­firmam o apro­fun­da­mento da po­lí­tica de di­reita.
O Or­ça­mento do Es­tado é mais uma peça para o cum­pri­mento desses ob­jec­tivos, no se­gui­mento de um pro­grama de Go­verno onde se iden­ti­ficam já novas ten­ta­tivas de ata­ques aos di­reitos dos tra­ba­lha­dores.
Um Or­ça­mento que em­po­brece a vida aos po­bres e en­ri­quece a vida aos ricos.
Que reduz o IRC em 1 ponto, ga­ran­tindo mais 400 mi­lhões por ano di­rei­ti­nhos para os grupos eco­nó­micos, que já hoje en­caixam 32 mi­lhões de euros de lucro por dia.
E, ca­ma­radas, não sur­pre­ende que PSD e CDS, com Chega e IL, as­sumam por in­teiro os in­te­resses dos que se acham donos disto tudo.
Mas, e não sendo sur­presa, não se pode deixar de re­gistar a opção cúm­plice do PS que, por mai­ores que sejam agora as pro­cla­ma­ções opo­si­ci­o­nistas ou as abs­ten­ções vi­o­lentas, não pode ser dis­far­çada.
O PSD e o CDS ti­veram o Or­ça­mento apro­vado, o PS criou-lhes as con­di­ções para isso, li­ber­tando o Chega e a IL de terem de votar a favor.
Todos e, para lá de fa­bri­cadas dis­cor­dân­cias, são cúm­plices do ca­minho em curso.

PCP é a ver­da­deira força de opo­sição, re­sis­tência e al­ter­na­tiva

E pe­rante esta teia de cum­pli­ci­dades, o PCP as­sume-se como a ver­da­deira força de opo­sição, re­sis­tência e de al­ter­na­tiva à po­lí­tica de di­reita.
Um ca­minho que exige o com­bate ao avanço das con­cep­ções, ob­jec­tivos e forças re­ac­ci­o­ná­rias que, apre­sen­tadas como anti-sis­tema, são o pior que o sis­tema produz.
Um com­bate que, para ser con­se­quente, obriga à rup­tura com a po­lí­tica de di­reita, a causa funda que abre es­paço, pro­jecta e ali­menta essas mesmas forças.
Não se dá com­bate às forças re­ac­ci­o­ná­rias, ali­men­tando as suas con­cep­ções e apli­cando, a pre­texto do seu com­bate, a po­lí­tica que as faz crescer.
A evo­lução do País nos tempos mais pró­ximos de­pen­derá do des­fecho do con­fronto entre os que am­bi­ci­onam con­cluir o pro­cesso contra-re­vo­lu­ci­o­nário e as forças que, an­co­radas em Abril e na Cons­ti­tuição, lhe re­sistem.
Um em­bate e um con­fronto que não ad­mite que se fique em cima do muro.
Que se fale de es­querda e se apoie a po­lí­tica de di­reita.
Que se fale nos di­reitos dos tra­ba­lha­dores e se pro­movam mais be­ne­fí­cios para o grande ca­pital.
Que se fale do su­pe­rior in­te­resse na­ci­onal, e a se­guir se en­tregue mais uma em­presa ao es­tran­geiro, mais uma par­cela de so­be­rania.
A si­tu­ação na­ci­onal re­clama ini­ci­a­tiva po­lí­tica com pro­pó­sitos e ob­jec­tivos claros e sem he­si­ta­ções para dar com­bate de­ci­dido à po­lí­tica de di­reita.
As ame­aças da di­reita exigem, e exi­girão no fu­turo ainda mais, um PCP mais forte e mais in­flu­ente. São hoje em nú­mero cres­cente, até de ou­tros qua­drantes po­lí­ticos, os que iden­ti­ficam e re­co­nhecem no PCP, a par da va­li­dade e ac­tu­a­li­dade do seu pro­jecto, a co­e­rência, a de­ter­mi­nação e a co­ragem para en­frentar ame­aças, um Par­tido que não se rende pe­rante as di­fi­cul­dades e que confia na pos­si­bi­li­dade da rup­tura com este rumo.
Nestes tempos di­fí­ceis, o Par­tido está con­vo­cado a as­sumir as suas res­pon­sa­bi­li­dades pe­rante o povo e o País e a apontar so­lu­ções e saídas para abrir um outro rumo na vida na­ci­onal.
Tempos de re­sis­tência, mas uma re­sis­tência que não fica à es­pera, que não pres­cinde de acu­mular forças para criar con­di­ções, para avançar e trans­formar.
Nestes tempos, a de­fesa do re­gime de­mo­crá­tico, ins­crito na Cons­ti­tuição, exige ao mesmo tempo a mo­bi­li­zação dos tra­ba­lha­dores e do povo pelos seus in­te­resses e con­di­ções de vida, a mo­bi­li­zação pela rup­tura com a po­lí­tica de di­reita ao ser­viço do grande ca­pital e a con­fi­ança e a mo­bi­li­zação na cons­trução da al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda.
O que a gra­vi­dade da si­tu­ação exige é a afir­mação clara do PCP e do seu papel, e não a sua di­luição em falsas saídas e so­lu­ções in­con­se­quentes.
É na co­ragem do PCP que re­side a maior ga­rantia de com­bate às forças re­ac­ci­o­ná­rias.
É o PCP a força mais con­se­quente e de­ter­mi­nante na luta pela rup­tura com a po­lí­tica de di­reita, a bar­reira mais só­lida na de­fesa do re­gime de­mo­crá­tico e na exi­gência do cum­pri­mento da Cons­ti­tuição, ele­mentos em si mesmos in­se­pa­rá­veis da luta por um Por­tugal de­sen­vol­vido, de pro­gresso e so­be­rano.
Cinco ques­tões emergem com par­ti­cular im­por­tância para esse ob­jec­tivo:
- O re­forço do PCP como con­dição de­ter­mi­nante.
- O re­forço da luta de massas e do alar­ga­mento da frente so­cial de luta que a partir da luta da classe ope­rária e dos tra­ba­lha­dores in­tegre e mo­bi­lize ou­tras ca­madas an­ti­mo­no­po­listas atin­gidas pela po­lí­tica de di­reita.
- A am­pli­ação da con­ver­gência de todos os de­mo­cratas e pa­tri­otas na luta pela rup­tura com a po­lí­tica de di­reita e a con­cre­ti­zação da al­ter­na­tiva, que con­tri­buam para am­pliar a base po­lí­tica para abrir ca­minho a um Por­tugal com fu­turo.
- A afir­mação da de­fesa da so­be­rania na­ci­onal e de re­jeição da sub­missão e su­bor­di­nação aos in­te­resses de po­tên­cias ex­ternas, numa clara re­jeição da guerra e de de­fesa da paz.
- O alar­ga­mento da con­ver­gência para a der­rota dos pro­jectos re­ac­ci­o­ná­rios e para a de­fesa do re­gime de­mo­crá­tico ins­crito na Cons­ti­tuição e a con­cre­ti­zação dos di­reitos que esta con­sagra.
Um rumo que en­contra em todos aqueles que não pres­cindem da de­fesa do re­gime de­mo­crá­tico e do cum­pri­mento da Cons­ti­tuição, ele­mento agre­gador capaz de mo­bi­lizar forças e energia para re­sistir e vencer.
É este o de­safio que temos em mãos.
Va­lo­rizar o tra­balho e os tra­ba­lha­dores.
As­se­gurar uma Ad­mi­nis­tração Pú­blica e ser­viços pú­blicos ao ser­viço do povo.
Pro­mover o de­sen­vol­vi­mento eco­nó­mico geral.
As­se­gurar um País coeso e equi­li­brado e a pre­ser­vação da na­tu­reza.
Re­forçar a de­mo­cracia, re­cu­perar ins­tru­mentos de so­be­rania e afirmar a in­de­pen­dência na­ci­onal.
Pro­mover a co­o­pe­ração in­ter­na­ci­onal e a paz.

O ca­minho da al­ter­na­tiva

Os eixos fun­da­men­tais do que pro­pomos, ali­nhados com a Cons­ti­tuição da Re­pú­blica, cons­ti­tuem ob­jec­tivos dos tra­ba­lha­dores, res­pondem aos pro­blemas do nosso povo, e são em si mesmos ele­mentos de es­pe­rança para a ju­ven­tude e abrem o ca­minho ne­ces­sário para o País.
Con­teúdo, pro­jecto e pro­postas pro­fun­da­mente li­gados às ne­ces­si­dades dos que vivem e tra­ba­lham em Por­tugal, este País do qual não de­sis­timos, deste País que tem fu­turo.
A di­fi­cul­dade não está no con­teúdo da al­ter­na­tiva, o de­safio está na apre­ensão do como se cons­trói, com quem con­tamos e na con­fi­ança quanto à real pos­si­bi­li­dade da sua con­cre­ti­zação.
A al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda, para lá chegar não há ne­nhum golpe de asa nem uma so­lução má­gica.
É pre­ciso re­sistir, con­fiar nos tra­ba­lha­dores e no povo, co­nhecer o chão que pi­samos, ter con­fi­ança nas justas ra­zões da nossa luta.
É pre­ciso tomar a ini­ci­a­tiva e lutar, lutar ainda mais e com mais gente, re­forçar as or­ga­ni­za­ções dos tra­ba­lha­dores e das massas po­pu­lares, elevar a sua par­ti­ci­pação, alargar a con­ver­gência de de­mo­cratas e pa­tri­otas, re­forçar o PCP.
É este o ca­minho, de um pro­cesso exi­gente, ar­ti­cu­lado e di­a­léc­tico, que não es­tando ao virar da es­quina, não deixa de exigir uma in­ter­venção diária, pa­ci­ente e au­da­ciosa.
Uma al­ter­na­tiva que se cons­trói na luta, em cada con­tacto, es­cla­re­ci­mento e mo­bi­li­zação.
Em cada luta de­sen­vol­vida elevam-se cons­ci­ên­cias, re­velam-se pos­si­bi­li­dades, dão-se passos pela al­ter­na­tiva.
É essa a luta que va­lo­ri­zamos, que a partir de rei­vin­di­ca­ções con­cretas in­cor­poram em si mesmas ob­jec­tivos mais am­plos, essa luta que pro­cura a uni­dade de classe e trava as ten­ta­tivas da sua di­visão, essa luta que faz frente aos ob­jec­tivos mais ime­di­atos do grande ca­pital e que se pro­jecta no sa­lário, na saúde, na edu­cação, na ha­bi­tação.
Uma luta que aí está e se in­ten­si­fica, con­fir­mando o en­rai­za­mento, in­fluência, ca­pa­ci­dade de in­ter­venção, acção, mo­bi­li­zação e luta do mo­vi­mento sin­dical uni­tário e da CGTP-IN, a grande cen­tral sin­dical dos tra­ba­lha­dores que daqui sau­damos.
Uma luta que a partir das em­presas e lo­cais de tra­balho, com um forte en­vol­vi­mento e par­ti­ci­pação dos tra­ba­lha­dores, em greves, pa­ra­li­sa­ções, ple­ná­rios, con­cen­tra­ções, abaixo-as­si­nados, des­files, ma­ni­fes­ta­ções, teve im­por­tantes mo­mentos de con­ver­gência sec­to­rial e geral, em que se des­tacam as jor­nadas de luta do 1.º de Maio.
Luta que en­frentou com de­ter­mi­nação a po­lí­tica de di­reita e a ofen­siva pa­tronal, pelo au­mento dos sa­lá­rios, pela va­lo­ri­zação das car­reiras e pro­fis­sões, por vín­culos efec­tivos, pela re­dução dos ho­rá­rios e contra a sua des­re­gu­lação, pela eli­mi­nação dos turnos abu­sivos, contra a pre­ca­ri­e­dade e pela de­fesa de di­reitos, in­cluindo o livre exer­cício da acção e or­ga­ni­zação sin­di­cais, luta que, em muitos casos, al­cançou im­por­tantes re­sul­tados.
Uma luta da classe ope­rária e dos tra­ba­lha­dores que se de­sen­volve todos os dias, que contou e conta com o em­penho e a con­tri­buição dos co­mu­nistas, e que é o grande motor do pro­cesso mais geral de re­sis­tência, um exemplo cons­tante que anima e dá con­fi­ança à luta de ou­tras classes, ca­madas e grupos so­ciais.
Lutas que se es­tendem a muitos ou­tros sec­tores da ju­ven­tude e dos es­tu­dantes pelo En­sino Pú­blico, gra­tuito e de qua­li­dade, pelo di­reito à Cul­tura e ao Des­porto, pelo di­reito ao tra­balho com di­reitos, pelo di­reito à ha­bi­tação, à eman­ci­pação.
A luta dos re­for­mados e idosos pelo au­mento das pen­sões e da dig­ni­dade; das mu­lheres contra as de­si­gual­dades e dis­cri­mi­na­ções, no tra­balho e na vida.
A luta das po­pu­la­ções em de­fesa do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde, pela Es­cola Pú­blica, os trans­portes, o ser­viço postal, o acesso à Jus­tiça; dos ar­tistas, dos agentes e pro­fis­si­o­nais da Cul­tura pelo di­reito à cri­ação e à fruição cul­tu­rais; dos in­ves­ti­ga­dores, bol­seiros e ci­en­tistas pelo in­ves­ti­mento e pelo di­reito ao tra­balho com di­reitos.
A luta pela ha­bi­tação e contra a es­pe­cu­lação.
A luta dos pe­quenos pro­du­tores, dos pe­quenos e mé­dios agri­cul­tores e dos com­partes dos bal­dios, dos pes­ca­dores e pe­quenos ar­ma­dores, exi­gindo con­di­ções para de­sen­vol­verem a sua ac­ti­vi­dade, contra a apro­pri­ação pela grande dis­tri­buição de grandes mar­gens.
A luta dos micro, pe­quenos e mé­dios em­pre­sá­rios pela re­dução dos custos de con­texto.
A luta dos imi­grantes por con­di­ções de tra­balho dignas, pela con­cre­ti­zação de di­reitos sem dis­cri­mi­na­ções.
A luta dos emi­grantes, pela con­cre­ti­zação de di­reitos e apoios nos países onde re­sidem e pelo di­reito a vol­tarem ao seu País.
A luta das pes­soas com de­fi­ci­ência, pelo res­peito, dig­ni­dade e con­di­ções de vida.
A luta do povo pelas con­quistas e pelo pro­jecto de Abril, pela paz, contra o fas­cismo e a guerra, em de­fesa do am­bi­ente, contra o ra­cismo e a xe­no­fobia e todas as formas de vi­o­lência, opressão, pre­con­ceito e dis­cri­mi­nação, a luta por uma vida justa, por uma vida me­lhor a que têm di­reito.
Uma luta que evi­dencia a ne­ces­si­dade de re­forçar a or­ga­ni­zação dos tra­ba­lha­dores e das massas po­pu­lares, a CGTP-IN, os sin­di­catos do mo­vi­mento sin­dical uni­tário, as co­mis­sões de tra­ba­lha­dores, as co­mis­sões de utentes, as co­lec­ti­vi­dades, as as­so­ci­a­ções e os es­paços muito di­versos, onde pulsa a vida e se abrem pers­pec­tivas na de­fesa e avanço de in­te­resses e di­reitos, da li­ber­dade e da de­mo­cracia, do pro­gresso so­cial.
Na si­tu­ação ac­tual, o for­ta­le­ci­mento destas or­ga­ni­za­ções e mo­vi­mentos tem uma ur­gência e exi­gência acres­cidas.

Luta com con­fi­ança e ale­gria

A rup­tura com a po­lí­tica de di­reita e a cons­trução de uma al­ter­na­tiva po­lí­tica não se re­sume a saber que forças po­lí­ticas se com­pro­metem com esses ob­jec­tivos.
Todas as forças que queiram im­pul­si­onar a al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda são bem-vindas e ne­ces­sá­rias ao pro­cesso, mas o que de­ter­mina e de­ter­mi­nará a sua con­cre­ti­zação é o mo­vi­mento e a força so­cial capaz de em­purrar forças po­lí­ticas, de al­terar a ac­tual re­lação de forças, de levar por di­ante e su­portar este de­sígnio da ju­ven­tude, dos tra­ba­lha­dores e do povo.
Na ver­dade, é com estes que a al­ter­na­tiva se cons­trói, é com a par­ti­ci­pação e mo­bi­li­zação de todos os que nela estão in­te­res­sados.
É com o alar­ga­mento e con­ver­gência de de­mo­cratas e pa­tri­otas, ga­nhando-os para uma al­ter­na­tiva que também é a sua, na base de um pro­grama po­lí­tico que rompa com a po­lí­tica de di­reita, que parta dos di­reitos e pro­jecto da Cons­ti­tuição da Re­pú­blica para agregar forças e ener­gias.
Uma cons­trução que exige o en­vol­vi­mento de am­plos sec­tores, res­pei­tando a di­ver­si­dade de pontos de vista e po­si­ci­o­na­mentos, unidos nesse ob­jec­tivo comum.
A al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda, a grande ba­talha para a qual es­tamos todos con­vo­cados.
De­more o tempo que de­morar, daqui re­a­fir­mamos: o PCP em­pe­nhará todas as suas forças para in­ter­romper a po­lí­tica de di­reita e con­cre­tizar di­reitos e con­di­ções de vida que têm sido ne­gados aos tra­ba­lha­dores e ao povo por­tu­guês.
O quadro é de facto muito exi­gente, mas agimos com con­fi­ança na jus­teza do nosso pro­jecto, con­fi­ança nas massas e no nosso povo, este povo que de forma emo­ci­o­nante saiu à rua, trans­for­mando ruas e praças em ave­nidas da li­ber­dade, este povo que nas co­me­mo­ra­ções po­pu­lares dos 50 anos do 25 de Abril afirmou de forma clara: 25 de Abril sempre!
Na nossa luta as­so­ci­amos à con­fi­ança a ale­gria.
A ale­gria de quem sabe que tem razão e que nada pode ser mais exal­tante do que lutar por aquilo que é justo.

Iden­ti­dade, in­ter­venção, co­ragem e pro­jecto

É pre­ciso dar mais força ao PCP.
Este Par­tido cuja iden­ti­dade, in­ter­venção, co­ragem e pro­jecto, cons­titui a força or­ga­ni­zada, a força de van­guarda, ao ser­viço dos tra­ba­lha­dores, do povo, da ju­ven­tude e do País.
Este Par­tido que toma a ini­ci­a­tiva todos os dias, que querem apagar das te­le­vi­sões, mas que não con­se­guem apagar da vida con­creta do País.
Este Par­tido in­dis­pen­sável e in­subs­ti­tuível à mu­dança de que o País pre­cisa.
Podem pintar todos os ce­ná­rios, in­ventar todas as frentes e ela­borar todas as pro­cla­ma­ções que, sem a cla­reza, a co­e­rência, a co­ragem e o pro­jecto do PCP, a vida me­lhor que jus­ta­mente an­seiam os que cá vivem e tra­ba­lham, não se con­cre­ti­zará.
Este Par­tido com quem os tra­ba­lha­dores, o povo e a ju­ven­tude contam e contam sempre, sejam quais forem as cir­cuns­tân­cias.
Assim como con­taram neste pe­ríodo que nos se­para do XXI Con­gresso, onde a in­ter­venção do Par­tido e a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo fi­zeram frente à ofen­siva, re­sis­tiram e con­se­guiram con­quistar di­reitos, e foram a mais firme opo­sição à po­lí­tica ao ser­viço do grande ca­pital e de sub­missão à União Eu­ro­peia.
Le­vámos, neste pe­ríodo, por di­ante mo­mentos mar­cantes. As co­me­mo­ra­ções do Cen­te­nário do PCP, um no­tável pro­grama de afir­mação do Par­tido, da sua iden­ti­dade e pro­jecto sob o lema «Li­ber­dade, de­mo­cracia e so­ci­a­lismo – o fu­turo tem par­tido».
Res­pon­demos no quadro da CDU a oito actos elei­to­rais, num quadro muito exi­gente, sob per­ma­nente me­no­ri­zação e pre­con­ceito, com re­sul­tados aquém das ne­ces­si­dades dos tra­ba­lha­dores e do povo.
Daqui sau­damos os nossos ali­ados e com­pa­nheiros de luta do PEV e da ID, na cer­teza de que con­ti­nu­a­remos a fazer da CDU aquilo que ela é, o grande es­paço de con­ver­gência e al­ter­na­tiva, a força do tra­balho, ho­nes­ti­dade e com­pe­tência, desde logo no plano au­tár­quico.
Avan­çámos no for­ta­le­ci­mento da or­ga­ni­zação nas em­presas e lo­cais de tra­balho.
Con­cre­ti­zámos uma cam­panha de re­cru­ta­mento, vá­rias cam­pa­nhas de fundos e a cam­panha de di­fusão do Avante!.
Ti­vemos e temos ainda em curso um pro­grama de co­me­mo­ra­ções do 50.º ani­ver­sário da Re­vo­lução de Abril.
Pro­mo­vemos uma larga in­ter­venção sobre os pro­blemas dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País, como ac­ções na­ci­o­nais sobre os di­reitos dos tra­ba­lha­dores, in­cluindo a re­a­li­zada sob o lema «Mais força aos tra­ba­lha­dores», a in­ter­venção geral «Viver me­lhor na nossa terra», o ro­teiro sobre a pro­dução na­ci­onal, os En­con­tros Na­ci­o­nais da Cul­tura, Ha­bi­tação e Pro­tecção Civil, ac­ções na­ci­o­nais sobre ha­bi­tação, saúde, cri­anças e pais com di­reitos.
Demos com­bate à guerra e lan­çámo-nos na luta pela paz e a so­li­da­ri­e­dade in­ter­na­ci­o­na­lista, no­me­a­da­mente com o povo pa­les­ti­niano.
Re­a­li­zámos, anu­al­mente, a maior ini­ci­a­tiva po­lí­tico-cul­tural do País, a Festa do Avante! e cuja pró­xima edição está já em pre­pa­ração.
Le­vámos por di­ante a Con­fe­rência Na­ci­onal «Tomar a ini­ci­a­tiva, re­forçar o Par­tido, res­ponder às novas exi­gên­cias».
Num con­texto de grande e pro­lon­gada ofen­siva, o Par­tido as­sumiu as suas res­pon­sa­bi­li­dades no plano na­ci­onal e in­ter­na­ci­onal.
E só este Par­tido, um grande Par­tido, pro­fun­da­mente li­gado aos tra­ba­lha­dores, ao povo, à vida, agindo sobre a re­a­li­dade que quer trans­formar, com co­ragem po­lí­tica, ide­o­ló­gica e de in­ter­venção, com forte mi­li­tância, é que po­deria re­sistir à di­mensão da ofen­siva an­ti­co­mu­nista que contra si pros­se­guiu e se in­ten­si­ficou desde o úl­timo Con­gresso.
Foi assim porque olhamos para a so­ci­e­dade a partir dos in­te­resses de classe dos tra­ba­lha­dores, agindo no sen­tido da sua uni­dade e da de­fesa dos seus in­te­resses e di­reitos.
Foi assim, e assim será, porque não de­sis­timos do País, porque não ab­di­camos da de­fesa dos tra­ba­lha­dores, do povo e da ju­ven­tude, porque en­fren­tamos, de olhos nos olhos, a po­lí­tica de di­reita, seja ela le­vada a cabo por quem for, tenha ela a forma que tiver.
Foi assim porque quando nos que­riam iso­lados e fe­chados, fi­zemos o que na nossa his­tória de 103 anos de luta sempre fi­zemos – quando os pe­rigos são mai­ores, maior é a ne­ces­si­dade do Par­tido ir para as massas.
Por muito que custe, e custa, ao grande ca­pital e às forças po­lí­ticas ao seu ser­viço, aqui está o PCP, an­co­rado na sua na­tu­reza, na ex­pe­ri­ência de luta acu­mu­lada du­rante mais de um sé­culo e na pro­funda li­gação à re­a­li­dade do País.

Tomar a ini­ci­a­tiva

Aqui está o Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês, sa­bendo o ter­reno que pisa, cons­ci­ente das di­fi­cul­dades, pro­cu­rando as me­didas para su­perar as suas pró­prias in­su­fi­ci­ên­cias, mas sempre li­gado à vida, para con­ti­nuar a im­pul­si­onar a luta pelas trans­for­ma­ções re­vo­lu­ci­o­ná­rias de que os tra­ba­lha­dores, o povo e o País ne­ces­sitam.
Foi assim quando, em Se­tembro, lan­çámos a Acção Na­ci­onal que temos em curso neste mo­mento: «Au­mentar sa­lá­rios e pen­sões. Para uma vida me­lhor!».
Uma grande jor­nada de agi­tação, con­tacto, con­versa, mo­bi­li­zação, um grande con­tri­buto para abrir a es­pe­rança e animar a luta pela vida me­lhor a que temos di­reito.
Uma grande acção também de com­bate ide­o­ló­gico, que faz frente à men­tira, à ma­ni­pu­lação, à de­sin­for­mação e à ofen­siva ide­o­ló­gica do Ca­pital, que tudo faz para jus­ti­ficar os baixos sa­lá­rios e es­conder os lu­cros co­los­sais.
Uma grande cam­panha que co­loca no centro as res­postas ne­ces­sá­rias aos tra­ba­lha­dores, à ju­ven­tude e ao nosso povo.
Uma jor­nada pelos sa­lá­rios, pelas pen­sões, pelo acesso à saúde e re­forço do SNS, pelo di­reito à ha­bi­tação e à creche.
Uma acção que até agora atingiu 78592 as­si­na­turas, que im­pli­caram ou­tras tantas con­versas e sig­ni­ficam ou­tros tantos apoios a essa pro­posta po­lí­tica, mas também ou­tras tantas forças e ener­gias que nos dizem para andar por di­ante.
Uma acção que é e foi es­tru­tu­rante na pre­pa­ração do Con­gresso e que o Con­gresso agora pro­jecta e re­lança para a frente.
Temos um Par­tido de que nos or­gu­lhamos, va­lo­ri­zamos a in­ter­venção ab­ne­gada deste grande co­lec­tivo, mas que­remos mais.
Os tra­ba­lha­dores, o povo e a ju­ven­tude pre­cisam do seu Par­tido ainda mais forte.
O re­forço da or­ga­ni­zação nas suas múl­ti­plas ver­tentes é uma ta­refa de sempre e per­ma­nente num par­tido re­vo­lu­ci­o­nário.
Foi o que fi­zemos, é o que es­tamos a fazer e é o que pre­ci­samos de con­ti­nuar a fazer, como cer­ta­mente o Con­gresso irá su­bli­nhar.
Pre­ci­samos de re­crutar mais, re­ce­bendo e in­te­grando quem se di­rige ao Par­tido, mas to­mando a ini­ci­a­tiva junto de ou­tros para o seu re­cru­ta­mento.
E a este pro­pó­sito per­mitam-me uma sau­dação aos cerca de 3500 novos mi­li­tantes que in­gres­saram no Par­tido desde o úl­timo Con­gresso, muitos deles já in­te­grados e com res­pon­sa­bi­li­dades, in­cluindo nesta sala como de­le­gados e con­vi­dados ao Con­gresso.
É esta a razão funda da ne­ces­si­dade de re­cru­ta­mento, não é es­ta­tís­tica, é acção, é para que se­jamos mais, e de forma or­ga­ni­zada, a lutar, a in­tervir e a trans­formar.
Pre­ci­samos de de­sen­volver o nosso tra­balho de in­for­mação e pro­pa­ganda uti­li­zando os meios mais di­versos, aqueles que mos­traram a sua im­por­tância ao longo de muitos anos e ou­tros mais re­centes, in­cluindo toda a am­pli­tude dos meios di­gi­tais.
A im­prensa do Par­tido tem um papel es­sen­cial.
Pre­ci­samos que mais mi­li­tantes e amigos com­prem, leiam e di­vul­guem o Avante! e O Mi­li­tante.
Os co­mu­nistas, mas também muitos dos nossos amigos, não podem pres­cindir da voz da ver­dade, da re­sis­tência, da in­for­mação.
Demos im­por­tantes passos com a cam­panha de di­fusão do Avante!, mas é pre­ciso ir ainda mais longe.
Pode haver muitas formas e meios para levar a men­sagem do Par­tido, pre­ci­samos de as po­ten­ciar todas, mas o mais só­lido ins­tru­mento ao nosso dispor, aquele que não está de­pen­dente dos al­go­ritmos ou das von­tades dos grandes im­pé­rios das te­le­co­mu­ni­ca­ções, é o Avante!.
A sua pro­dução e di­fusão de­pende apenas da nossa ex­clu­siva von­tade e ca­pa­ci­dade, fa­çamos dele então o que ele é, um ins­tru­mento de cons­trução par­ti­dária.
Le­vámos por di­ante e com su­cesso a cons­ti­tuição do ob­jec­tivo das 100 cé­lulas, 100 res­pon­sá­veis, um passo de­ter­mi­nante para um Par­tido como o nosso.
Co­loca-se agora o de­safio de pros­se­guir este tra­balho com a cri­ação de novas cé­lulas, a ga­rantia do seu fun­ci­o­na­mento re­gular e a to­mada de ini­ci­a­tiva, porque os tra­ba­lha­dores pre­cisam do seu Par­tido nas em­presas e lo­cais de tra­balho.
Pre­ci­samos de con­ti­nuar e in­ten­si­ficar a mais im­por­tante ta­refa que nos está co­lo­cada re­la­ti­va­mente ao re­forço do Par­tido, a res­pon­sa­bi­li­zação de qua­dros.
A vida está a de­mons­trar esta ur­gência.
Mais qua­dros res­pon­sa­bi­li­zados sig­ni­fica mais ca­pa­ci­dade de dar a res­posta ne­ces­sária, de tomar a ini­ci­a­tiva e de estar me­lhor pre­pa­rado para res­ponder à ofen­siva em curso.
Lan­çámo-nos no ob­jec­tivo de res­pon­sa­bi­lizar mil novos qua­dros, e aqui che­gados temos hoje 1042 novos qua­dros res­pon­sa­bi­li­zados, com o que isso sig­ni­fica no fun­ci­o­na­mento do Par­tido.
E é pre­ciso mais, é ne­ces­sário um Par­tido ainda mais ac­tivo e capaz de tomar a ini­ci­a­tiva, são pre­cisos mais qua­dros e vamos ter mais qua­dros res­pon­sa­bi­li­zados.
Está pro­posto ao Con­gresso o tra­balho e é feito o apelo para res­pon­sa­bi­lizar mais mil novos qua­dros.
Temos cons­ci­ência das nossas di­fi­cul­dades, cer­ta­mente não fa­remos sempre tudo bem, e es­tamos longe de en­terrar a ca­beça na areia.
É par­tindo da re­a­li­dade par­ti­dária que temos, e não da que gos­ta­ríamos de ter, que to­mamos as me­didas que se im­põem para ul­tra­passar in­su­fi­ci­ên­cias e avançar.
Lan­çamos no XXII Con­gresso um mo­vi­mento geral de re­forço do tra­balho de di­recção e es­tru­tu­ração, ar­ti­cu­lado com a res­pon­sa­bi­li­zação de qua­dros.
Me­didas que visam re­forçar o Par­tido e tomar a ini­ci­a­tiva, con­ti­nu­ando a fazer o que se tem feito e que se tem de in­ten­si­ficar.
Tomar a ini­ci­a­tiva em torno dos pro­blemas con­cretos que atingem a vida do nosso povo em todo o ter­ri­tório na­ci­onal.
Tomar a ini­ci­a­tiva no tra­balho que as or­ga­ni­za­ções devem e podem as­sumir numa maior li­gação à re­a­li­dade.
Tomar a ini­ci­a­tiva no alar­ga­mento da CDU a muitos ho­mens e mu­lheres sem fi­li­ação par­ti­dária, a co­meçar já pelas pró­ximas elei­ções au­tár­quicas.
Tomar a ini­ci­a­tiva em todas as frentes e cri­ando novas frentes de in­ter­venção.
Tomar a ini­ci­a­tiva na ba­talha ide­o­ló­gica, na de­núncia do ca­pi­ta­lismo, da sua na­tu­reza e dos seus crimes, e na afir­mação do so­ci­a­lismo como exi­gência da ac­tu­a­li­dade e do fu­turo.

PCP, força de Abril

Aqui está o PCP! Aqui está essa força de Abril.
A força da re­sis­tência ao fas­cismo e da luta pela li­ber­dade.
A força das grandes con­quistas e trans­for­ma­ções re­vo­lu­ci­o­ná­rias do 25 de Abril e do com­bate à po­lí­tica de di­reita.
A força que toma a ini­ci­a­tiva e mo­bi­liza os tra­ba­lha­dores e as massas po­pu­lares na luta por uma vida me­lhor.
A força de opo­sição ao Go­verno e à po­lí­tica de di­reita.
A força da rup­tura e da mu­dança.
A força im­pul­si­o­na­dora da al­ter­na­tiva po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda.
A força da li­ber­dade, da de­mo­cracia e do so­ci­a­lismo.
Aqui está o PCP, pronto para cum­prir o seu papel, junto da classe ope­rária, dos tra­ba­lha­dores e do povo. Pronto para en­frentar o que aí está, com co­ragem, de­ter­mi­nação e ini­ci­a­tiva.
Aqui está o PCP, com a con­fi­ança de quem, ao longo de mais de um sé­culo de in­ter­venção, sabe que é na luta dos tra­ba­lha­dores e do povo e no papel de­ter­mi­nante do PCP que re­side a con­dição para re­sistir, avançar e vencer.
Aqui está o PCP, pronto para tomar a ini­ci­a­tiva, por Abril, pela de­mo­cracia, pelo so­ci­a­lismo e o co­mu­nismo. 

 



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