A CDU apresentou na Assembleia Municipal de Loures de 7 de Novembro uma proposta para anular a recomendação do Chega, também aprovada por PS e PSD, que visa a alteração do Regulamento Municipal, por forma a que este passe a contemplar a pena acessória de despejo para quem se prove culpado pela prática de um qualquer ilícito, mesmo que este em nada se relacione com as obrigações constantes no contrato de arrendamento. «A determinação de penas acessórias por delitos julgados e sentença transitada é competência dos tribunais, nos estritos termos das leis aplicáveis, pelo que a sua fixação em regulamento administrativo municipal viola grosseiramente a lei e a Constituição da República Portuguesa», refere a CDU em nota de imprensa.

No dia seguinte, junto aos Paços do Concelho, o vereador comunista Gonçalo Caroço denunciou a «deriva populista e demagógica» do PS, que instituiu uma «linha de perseguição a partes da população do concelho, dividindo-a, tendo em simultâneo uma posição de total subserviência com o governo e com os interesses especulativos que tomaram conta de Loures». Nesta deriva, acusa, o PS é «acompanhado pelo PSD, que mais não é do que uma secção do PS, e pelo Chega, que vê e aproveita as oportunidades para ter companhia para várias das suas concepções ideológicas por parte destes dois partidos».

Para o vereador eleito pela CDU, «é preciso repudiar e eliminar este discurso discriminatório e que se dirige às camadas mais frágeis da população a quem ameaça com despejos, com retirada da gratuitidade das refeições escolares, de retirada do RSI».