Nos seus 45 anos, a JCP continua a afirmar a força da juventude

A JCP celebrou, no sábado, 9, o seu 45.º aniversário com um jantar, seguido de festa, no Grupo Dramático e Escolar «Os Combatentes», Lisboa, onde participaram centenas de jovens, militantes e amigos da organização.

Nenhum direito foi conquistado pelos jovens portugueses sem a marca e o impulso da JCP

45 anos depois da unificação das então UEC e UJC, a 10 de Novembro de 1979, os jovens comunistas continuam a dar provas da sua força na luta que travam todos os dias.

Num espaço decorado com várias capas do AGIT (jornal da JCP), e onde se pôde visualizar um vídeo comemorativo, a juventude confirmou que é nas suas mãos que está o mundo novo. Ou, nas palavras de Matilde Silva, da Direcção Nacional e do Executivo da Comissão Regional de Lisboa da JCP, esta é a «organização que transporta consigo o mais bonito dos ideais», a «luta contra a exploração do Homem pelo Homem».

Exemplo de força e de luta
Na sua intervenção, a dirigente afirmou que, «enquanto houver um estudante sem professor, as propinas impedirem a entrada e permanência no Ensino Superior, ou houver quem tenha um mês demasiado longo para o seu salário, nós aqui estaremos, como sempre, ao seu lado».

E, para que não restassem dúvidas, lembrou algumas das mais recentes acções de luta da juventude portuguesa, como a concentração em frente da sede do Governo no dia 9 de Outubro, pelos estudantes do Ensino Superior, a semana de luta no Ensino Secundário de dia 18 a 22, ou a massiva participação dos jovens trabalhadores na manifestação nacional convocada pela CGTP-IN para aquela mesma data.

A dirigente da JCP vincou, ainda, que, se «nos tentam fazer crer que o que nos divide é a cor da pele, o sítio onde nascemos, quem amamos ou quem somos», a juventude diz «não a quem quer virar trabalhadores contra trabalhadores», e afirma que «é na unidade contra quem explora que está o caminho da sociedade liberta de todas as formas de opressão, exploração e discriminação».

Matilde Silva reforçou, também, a necessidade continuar a lutar pela paz e a soberania dos povos, «das bombas da Palestina ao bloqueio a Cuba», passando pela Venezuela e Moçambique.

Longo histórico de intervenção
Por seu lado, Vasco Cardoso, da Comissão Política do Comité Central, em nome do PCP, lembrou a história da intervenção dos jovens comunistas em Portugal, desde a FJCP à luta contra o fascismo e o colonialismo, culminando com o papel da juventude no 25 de Abril enquanto «grande força impulsionadora das conquistas e valores da Revolução».

No entanto, este papel foi muito além daquele período, levando o dirigente a afirmar que «podemos dizer que nestes 45 anos não houve nenhuma luta, nenhum avanço ou direito conquistado pela juventude portuguesa que não tivesse a marca e o impulso da JCP».

Vasco Cardoso apontou, ainda, tarefas imediatas a ser assumidas, também, pelos jovens comunistas, como a luta contra as políticas do actual Governo ou a preparação das eleições autárquicas (no quadro da Juventude CDU).

No final das intervenções, houve lugar a um momento cultural, com as actuações do músico Fran Gallis e de DJ Santi.

Congressos do Partido e da JCP
Matilde Silva lembrou a importânciado 13.º Congresso da JCP, convocado para os dias 17 e 18 de Maio de 2025, e que decorrerá sob o lema «Nas nossas mãos o mundo novo. Organizar. Unir. Lutar», e que deve ser encarado «como o motor de arranque para dar um impulso na nossa organização».

Já Vasco Cardoso sublinhou a importância do XXII Congresso do Partido, que se encontra numa «fase decisiva de preparação».

Por todo o País
As comemorações do 45.º aniversário da JCP não ficarão por Lisboa, e estarão presentes em iniciativas noutras regiões, como Castelo Branco, Braga, Coimbra, Leiria, passando pelo Porto, Aveiro, Viseu, Santarém, Setúbal, Évora, Beja, Madeira e Algarve.

Por todo o País, os jovens comunistas irão organizar tribunas públicas, convívios, pinturas de murais, debates e acções de contacto, com iniciativas profundamente ligadas à juventude de cada região.

 



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