A Frente Ampla, que integra o Partido Comunista do Uruguai, foi a força mais votada nas eleições gerais – presidenciais, parlamentares e senado – realizadas domingo no Uruguai. O seu candidato presidencial vai defrontar na segunda volta, marcada para 24 do próximo mês, o candidato da direita.

Yamandú Orsi, o candidato presidencial da Frente Ampla, disputará a segunda volta eleitoral contra Álvaro Delgado, apoiado pela coligação de direita no actual governo. O candidato da Frente Ampla alcançou 43,9 por cento, não ultrapassando assim os 50 por cento que lhe garantiriam a vitória à primeira volta. Álvaro Delgado obteve 26,8 por cento e Andrés Ojeda, do Partido Colorado (também de direita), 16,1 por cento.

Nas eleições para o Congresso (câmara baixa do Parlamento), o bloco de direita que sustenta o actual governo terá alcançado 50 lugares, de um total de 99. A Frente Ampla conseguiu 47 e os dois restantes foram ocupados pela extrema-direita Identidade Soberana. Para a câmara alta, o Senado, a Frente Ampla alcançou 16 dos 30 lugares, o Partido Nacional ficou com nove e o Partido Colorado cinco.

Estes resultados, preliminares, terão ainda de ser confirmados pelo Tribunal Eleitoral.

Ainda na noite eleitoral, perante centenas de apoiantes, Yamandú Orsi salientou que a Frente Ampla foi não só a força política mais votada mas a que mais cresceu nos últimos cinco anos. Defendeu que o Uruguai necessita de uma mudança de governo porque precisa de crescer e produzir mais e, também, de cuidar melhor dos seus habitantes. «Por isso queremos ganhar, falta pouco, triunfaremos», afirmou, exortando à continuação da participação dos simpatizantes da Frente Ampla na campanha eleitoral, agora tendo em vista a segunda volta das presidenciais.