Resultados parciais apontam para vantagem da FRELIMO em Moçambique
Após o estabelecido período de apuramento eleitoral, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) deve anunciar hoje, quinta-feira, 24, os resultados das eleições gerais em Moçambique, realizadas no dia 9, para Presidente da República, Assembleia da Republica, assembleias provinciais e governadores. Os resultados terão que ser analisados e posteriormente proclamados pelo Conselho Constitucional, que analisará ainda eventuais recursos.
Entretanto, resultados preliminares e parciais apontam para a vitória do candidato apoiado pela FRELIMO, Daniel Chapo, e no parlamento para uma ampla maioria alcançada por este partido histórico. A FRELIMO liderou a luta de libertação nacional contra o colonialismo fascista português, a resistência face à agressão e ingerência do regime do apartheid sul-africano e a luta pela conquista da paz naquele país.
Recorde-se que Moçambique continua a ser vítima da acção de grupos terroristas armados, promovidos, financiados e armados a partir do exterior, que semeiam a mais brutal violência contra as populações, nomeadamente na Província de Cabo Delgado, rica em recursos naturais.
A campanha e o processo eleitoral decorreram com normalidade, não se tendo verificado em geral incidentes significativos, aliás, como atestam diversos observadores internacionais. No entanto, perante a previsível vitória da FRELIMO e à semelhança de inúmeras situações anteriores, forças que foram derrotadas procuram colocar em causa o processo e os resultados eleitorais, clamando sem qualquer evidência a existência do que denominam de “fraude”, operações e objectivos que há muito encontram eco em Portugal, incluindo na comunicação social.
Entretanto, na madrugada de dia 19, um conselheiro jurídico do candidato presidencial Venâncio Mondlane e o mandatário do partido Podemos foram mortos na Cidade de Maputo, crime que foi amplamente condenado pelas diversas forças políticas. Endereçando as mais sentidas condolências às famílias enlutadas, a FRELIMO expressou tristeza e grande choque perante estes assassinatos, repudiando veementemente o que caracteriza como um «acto macabro» e exortando as autoridades a que façam tudo ao seu alcance para clarificar este caso.
Há que ter presente a tentativa movida desde há décadas pelo imperialismo com vista a afastar do poder as forças lideraram os movimentos de libertação nacional, como o PAIGC na Guiné-Bisau, o PAICV em Cabo Verde, o MPLA em Angola ou a FRELIMO em Moçambique.