Mísseis dos EUA nas Filipinas agravam tensões

Os EUA instalaram mísseis de alcance médio nas Filipinas. A China considera que tal medida procura agravar as tensões e promover a confrontação numa região que é, já hoje, uma das mais militarizadas do mundo.

Pequim acusa Washington de promover a militarização da Ásia-Pacífico

A China avisou que a colocação do sistema de mísseis de alcance médio dos EUA nas Filipinas procura agravar as tensões e promover a confrontação.

Lusa

Um porta-voz governamental chinês reiterou a firme oposição de Pequim a essa medida de Manila, que ameaça a estabilidade e a paz, ao mesmo tempo que preocupa e obriga à vigilância de países vizinhos. «A parte filipina deve estar consciente do verdadeiro propósito dos EUA, responder às preocupações comuns dos países da região, abster-se de sacrificar os seus próprios interesses de segurança e retirar os mísseis quanto antes, de acordo com os seus compromissos públicos prévios», enfatizou o porta-voz chinês.

A China instou os EUA a pôr fim a qualquer acção que mine a estabilidade na região.

Recorde-se que os EUA se retiraram do Tratado sobre Forças Nucleares de Alcance Intermédio, estabelecido em 1987 com a URSS, decisão que teve também como objectivo pressionar militarmente a China.

Tais acções ocorrem num contexto de tensões entre Pequim e Manila devido a vários incidentes no Mar Meridional da China. As relações entre os dois países vizinhos deterioraram-se muito desde a chegada ao poder nas Filipinas de um presidente partidário de uma aliança com os EUA. De facto, o Departamento de Estado norte-americano ameaçou recorrer ao Tratado de Defesa Mútua entre Washington e Manila para apoiar as provocações filipinas no Mar Meridional da China.

Fórum de cooperação entre China e África
Está a decorrer em Pequim, entre os dias 4 e 6, a nona edição do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC 2024), sob o lema «Trabalhar juntos para promover a modernização e construir uma comunidade China-África de alto nível com um futuro compartilhado».

Este fórum foi estabelecido em 2000 como uma plataforma para fortalecer as relações entre a China e os países africanos.

Na consideração dos seus responsáveis, este Fórum multilateral tem como propósito a salvaguarda dos direitos e interesses legítimos dos países em desenvolvimento, defendendo os princípios da Carta das Nações Unidas, o multilateralismo e a equidade e justiça internacionais.

A manutenção da paz e segurança global, a promoção do desenvolvimento e a prosperidade são interesses comuns dos seus participantes, afirmou um porta-voz chinês. A China e os países africanos «sofreram a opressão e agressão do colonialismo e do imperialismo e na sua luta contra essas forças apoiaram-se mutuamente e lutaram juntos, conseguindo a independência nacional e a libertação dos seus povos», acrescentou.

Sublinhou que China e África se opõem a todas as formas de intervenção autoritária e coerção económica. «Além disso, advogam a resolução política dos problemas internacionais e regionais candentes, promovendo o diálogo para superar as diferenças e a cooperação para resolver disputas», realçou o porta-vos chinês.

 



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