Ingerências externas na Geórgia
Os eleitores da Geórgia vão às urnas a 26 de Outubro para eleger os 150 membros do parlamento. O partido Sonho Georgiano – Geórgia Democrática, que conta com a maioria de deputados na actual legislatura, tem denunciado ingerências externas.
Partido georgiano denuncia ingerências dos EUA e da UE nas próximas eleições legislativas na Geórgia
Aproximam-se as eleições legislativas na Geórgia, marcadas para Outubro. Nas últimas semanas, o primeiro-ministro georgiano, Irakliy Kobakhidze, do governo do partido maioritário Sonho Georgiano – Geórgia Democrática, tem proferido algumas declarações que revelam a complexidade da situação que o país vive e as próprias contradições desta força política.
Falando aos jornalistas, a 11 de Agosto, Kobakhidze afirmou que as «eleições legislativas vão realizar-se tendo como pano de fundo uma brutal ingerência externa, sem precedentes», que apontam o apoio dos EUA e da União Europeia a forças oposicionistas. Acrescentou, no entanto, estar convicto de que «no final de contas, a ingerência externa não exercerá qualquer influência no resultado da eleição».
Antes, a 30 de Julho, Kobakhidze, considerara que uma eventual vitória do partido da oposição, do antigo presidente da Geórgia, Mikhail Saakachvili, poderia conduzir, entre outros aspectos, à abertura de uma segunda frente de guerra contra a Rússia. Para o actual primeiro-ministro georgiano, as próximas eleições legislativas serão «um referendo entre a guerra e a paz».
No entanto, noutras declarações recentes, garantiu que o seu governo não planeia retirar da Constituição o artigo 78 que consagra a intenção de a Geórgia aderir à União Europeia e à NATO.