Num quadro de crescente degradação da situação económica e social da maioria da população alemã, particularmente no Leste da Alemanha, os partidos que formam o governo federal da Alemanha – sociais-democratas, verdes e liberais – sofreram derrotas nas eleições nos Estados da Turíngia e da Saxónia, realizadas no domingo, 1.

O Estado da Turíngia era governado por uma coligação minoritária formada por A Esquerda, os Verdes e o SPD, e o Estado da Saxónia por uma coligação entre a CDU, os Verdes e o SPD.

De acordo com os resultados provisórios, o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, venceu as eleições para o parlamento do Estado da Turíngia, obtendo 32,8% dos votos, ficando à frente da União Democrata-Cristã (CDU), que obteve 23,6%. Nas eleições estaduais da Saxónia, realizadas na mesma data, a CDU venceu com 31,9% dos votos, e a AfD ficou em segundo lugar, com 30,6%.

Participando pela primeira vez nas eleições nestes dois Estados alemães, a Aliança Sarah Wagenknecht – Razão e Justiça (BSW), obteve bons resultados, conquistando na Turíngia cerca de 15,7% dos votos e na Saxónia 11,8%.

O partido A Esquerda, que governava em coligação o Estado da Turíngia, desceu de 28,2% para 12,5% dos votos, passando no Estado da Saxónia de 18,9% para 4,5%.

O Partido Social-Democrata (SPD), liderado pelo primeiro-ministro Olaf Scholz, sofreu recuos, passando na Saxónia de 12,4% para 7,7%, e na Turíngia de 8,2% para 6,1% .

Os Verdes, parceiros do SPD no governo federal, alcançaram 5,5% na Saxónia e ficaram abaixo do limiar dos 4% na Turíngia, perdendo a representação parlamentar neste Estado. O Partido Liberal-Democrata (FDP), que também integra a coligação governamental na Turíngia, ficou fora de ambos os parlamentos estaduais.

Seguem-se, agora, as negociações entre forças políticas com vista à eventual formação dos governos estaduais.

No Estado de Brandemburgo estão marcadas eleições parlamentares estaduais para 22 deste mês.