É urgente pôr fim ao massacre do povo palestiniano

Israel continua a guerra genocida contra o povo palestiniano. Torpedeadas pelo governo israelita, falharam as conversações para um cessar-fogo e a libertação de prisioneiros. Respondendo ao assassinato de um seu dirigente, o Hezbolá atacou alvos militares em Israel.

Israel impõe novas e inaceitáveis exigências nas negociações do Cairo

Um número indeterminado de palestinianos, incluindo crianças, foram mortos ou feridos na segunda-feira, 26, em resultado do bombardeamento israelita contra uma escola, localizada no campo de refugiados de Nuseirat, ao mesmo tempo que o exército israelita atacava o vizinho campo de Al-Bureij. A agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) denunciou que mais de metade das escolas que acolhem deslocados foram atacadas nos últimos 10 meses.

No domingo, 25, depois de expulsar dezenas de milhares de palestinianos de Deir al-Balah, o exército israelita prosseguia o assalto à cidade, no centro do território. Televisões árabes mostraram imagens de intensos bombardeamentos aéreos e de artilharia, que afectaram mesquitas, habitações e outras estruturas civis.

Mas a barbárie israelita contra os palestinianos não cessa também na Cisjordânia. Contam-se já em 645 o número de palestinianos assassinados nesse território, desde Outubro de 2023. A Associação de Prisioneiros Palestinianos calcula que, nos últimos 10 meses, na Margem Ocidental, foram feridas cerca de 5400 pessoas. E estima que, no mesmo período, mais de 10.100 palestinianos tenham sido presos pelas forças ocupantes.

Em Haifa, a polícia israelita encerrou no dia 26 a sede local do Partido Comunista de Israel (PCI) para impedir a realização de uma iniciativa contra a «guerra agressiva em Gaza». O PCI «condena este acto fascista e rejeita-o», garantindo que a sua acção contra a guerra «irá continuar e será cada vez mais forte até que a guerra criminosa contra Gaza seja interrompida».

Hezbolá responde
Entretanto, a resistência libanesa respondeu à agressão israelita de 30 de Julho, no subúrbio sul de Beirute, em que foi assassinado Fouad Shukr, comandante do Hezbolá, atacando alvos militares de Israel. O secretário-geral do Hezbolá, Hassan Nasrallah, confirmou o ataque contra a base Aman, dos serviços secretos militares israelitas, e a Unidade 8200, em Glilot, a 110 quilómetros da fronteira libanesa e a 1500 metros da cidade de Telavive.

Num discurso televisivo, o líder do movimento político e militar libanês assegurou, desmentindo alegações de Israel, que nenhuma das plataformas de lançamento de mísseis da resistência foi atingida antes do início da operação e que só foram atacados objectivos militares.

Negociação ou propaganda?
Do Cairo chegam notícias do fracasso das negociações entre a resistência palestiniana e Israel, fruto das novas exigências colocadas pelo governo de Netanyahu, nomeadamente o controlo israelita sobre a fronteira de 14 quilómetros entre o Egipto e a Faixa de Gaza e a manutenção da presença militar no território. O Movimento de Resistência Islâmica exige o retorno à proposta inicial, que incluía um cessar-fogo permanente e a retirada completa de Israel da Faixa de Gaza.

O Hamas esclareceu que concordou com os termos colocados pelo presidente dos EUA, Joseph Biden, consagrados depois numa resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas – que parecem não ser levados a sério pela própria administração norte-americana, que teria o poder de forçar Israel a aceitá-los. Ter-se-á tratado, seguramente, de uma mera operação de propaganda para eleitor ver.

 



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