Altas taxas de juro beneficiam a banca e prejudicam o povo, a economia e o País

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou no dia 18 que irá manter as taxas de juro de referência nos 4,25 por cento, o que representa a manutenção de uma política que, em nome do combate à inflação, está a garantir a acumulação de milhares de milhões de euros de lucros por parte da banca. Isto, ao mesmo tempo que pesam as dificuldades na vida de milhares de pessoas com empréstimos à habitação, na situação das micro e pequenas empresas e na própria dívida pública.

O Partido Comunista Português (PCP) denunciou, numa nota de imprensa, que esta decisão do BCE confirma ainda que a ligeira descida que promoveu a três dias das eleições para o Parlamento Europeu visou sobretudo branquear perante os povos dos países que integram a União Europeia a sua conivência com o capital financeiro.

O PCP relembra «as privações pelas quais estão a passar centenas de milhares de famílias para aguentar o pagamento das prestações ao banco dos seus empréstimos à habitação, num País onde temos assistido simultaneamente ao aumento significativo da especulação imobiliária e dos valores das rendas de casa». Perante esta realidade, o actual governo PSD/CDS, tal como o anterior governo do PS, «assume uma atitude de completa subserviência quer às imposições do BCE, quer perante os interesses da banca».

O PCP reclama a intervenção do governo português e do Banco de Portugal para que exijam a redução das taxas de juro por parte do BCE. E, ao mesmo tempo, reafirma que são precisas «medidas urgentes que aliviem o valor das prestações das casas ao banco, colocando os lucros da banca a contribuir para a resposta a este problema».

Para o PCP, esta política do BCE «torna ainda mais claro a quem serve o euro, bem como os custos para o País da perda de soberania monetária». Uma política com a qual PS, PSD, CDS, Chega e IL «estão de acordo e com a qual é preciso romper».

 



Mais artigos de: Europa

Resolução do PE insiste em alimentar a guerra

A resolução aprovada no Parlamento Europeu (PE), no dia 17, sobre o conflito na Ucrânia, «insere-se num caminho que, como a realidade tem vindo a demonstrar, é contrário ao do interesse dos povos», considera João Oliveira, deputado do PCP no PE.

Pela suspensão do Acordo UE-Israel

Face ao genocídio do povo palestiniano na Faixa de Gaza, que prossegue há meses às mãos de Israel, e cumprindo com um compromisso assumido durante a campanha eleitoral para o Parlamento Europeu, João Oliveira, deputado do PCP no PE, questionou a Comissão Europeia e o Conselho sobre seestas duas instâncias da UE irão...

Von der Leyen é solução para as multinacionais mas não para os povos

Ursula von der Leyen foi eleita para mais um mandato à frente da Comissão Europeia, com 401 votos favoráveis (num total de 720), provenientes do Partido Popular Europeu (onde se integram os deputados do PSD e do CDS), dos Socialistas (onde está o PS), Liberais (o grupo da IL) e dos Verdes Europeus, que convergem no...

Nova Comissão Europeia, velhas políticas

Ursula von der Leyen foi eleita para mais um mandato de cinco anos à frente da Comissão Europeia. Muita tinta correu sobre os possíveis resultados desta votação. No final, von der Leyen foi eleita com 401 votos a favor, provenientes do consenso neoliberal e de guerra que lhe deu suporte e que inclui o Partido Popular...