Pela ligação ferroviária entre Braga e Guimarães
350 mil pessoas de Braga e Guimarães beneficiariam desta ligação ferroviária
O PCP criticou, num comunicado de dia 27, o reprovável tacticismo do PS ao recomendar, na AR, o estudo da viabilidade da linha entre Braga e Guimarães, provando que o Governo anterior a excluiu do Plano Ferroviário Nacional sem qualquer tipo de justificação técnica.
O Grupo Parlamentar do PS entregou na AR um projecto de resolução sobre o Plano Ferroviário Nacional (PFN) que inclui a referência à necessidade do estudo da viabilidade de novas linhas, entre as quais a que poderia ligar Braga e Guimarães. Para a Direcção da Organização Regional de Braga (DORB) do PCP, este projecto, «para além de evidenciar um criticável tacticismo nas posições» do PS, não pode ser desenquadrado da exigência de investimento da expansão da ferrovia que «populações, autarquias e trabalhadores do sector têm vindo a exprimir e que continuam sem resposta por responsabilidade de PS, PSD, Chega e IL».
Ao defender agora o estudo da viabilidade desta ligação, o PS está involuntariamente a confirmar a ausência de estudos que fundamentaram, por parte do anterior executivo, a sua exclusão do PFN. Criticável é também, acusa a DORB, a acção dos presidentes de câmara PS e PSD/CDS da região de Braga, que «têm sido cúmplices do abandono da expansão da ferrovia e das opções do governo PS» nessa área.
Segundo o comunicado do organismo, o actual PFN propõe pouco mais do que autocarros para as deslocações intra-regionais em Braga, abdicando da expansão da malha ferroviária no território. A organização regional recorda ainda que o fecho da malha ferroviária entre Braga a Guimarães, com ligação directa e extensível a Barcelos e Famalicão, num distrito com 850 mil habitantes, é um investimento viável e necessário.
Para a DORB, a proposta de PNF actual está «muito longe de corresponder às necessidade da região». É por isso que o Grupo Parlamentar do PCP tem vindo a apresentar «propostas de investimento com vista à expansão da ferrovia na região». No plano local, por proposta da CDU, diversas autarquias aprovaram moções que reforçam esta reivindicação.