Aprovado diploma do PCP pela construção de novo hospital no Oeste
Obteve a aprovação do Parlamento a recomendação proposta pelo PCP para que o Governo, indo ao encontro dos anseios da população do Oeste, garante na região a construção e funcionamento de um novo hospital público.
Centro Hospitalar Oeste serve cerca de 300 mil pessoas
No projecto de resolução, debatido em plenário no dia 16 e aprovado no dia seguinte com os votos favoráveis, além do PCP, de PS, BE, L e PAN, a abstenção de PSD, Chega e CDS e os votos contra da IL, sublinha-se a importância e urgência de construir aquela unidade e de a pôr em funcionamento, com mais de 400 camas, alargando assim as especialidades e valências hoje existentes no Centro Hospitalar do Oeste (CHO) e garantindo capacidade de internamento em todas, situação inexistente em várias delas.
Recorde-se que o CHO é constituído actualmente por três hospitais localizados nas Caldas da Rainha, em Peniche e em Torres Vedras, com uma área de influência que abrange os concelhos de Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Torres Vedras e até algumas freguesias dos concelhos de Alcobaça e Mafra, servindo uma população na ordem das 300 mil pessoas.
Daí ser uma urgência a sua construção, a qual deverá ser acompanhada – esta é outra das recomendações ao Governo – por medidas que atraiam e fixem médicos, enfermeiros, técnicos e outros trabalhadores, o que implica medidas de fundo, designadamente a valorização dos salários, das carreiras e profissões.
No entender dos comunistas importa ainda que a construção do novo hospital seja acompanhada pela intervenção nas instalações das unidades que compõem o actual CHO, bem como o reforço dos cuidados de saúde primários.
Hospital de Santa Cruz
Aprovado também no mesmo dia, mas neste caso por unanimidade, foi o projecto de resolução do PCP que pugna pela construção de uma nova ala de Cardiologia Pediátrica no Hospital de Santa Cruz.
Acompanhando uma petição igualmente em debate e pelos mesmos objectivos que reuniu mais de 7800 subscritores, o diploma comunista recomenda ao Governo que «retome com brevidade» o processo com vista ao cumprimento daquele objectivo, aprovando o respectivo projecto e lançando o procedimento concursal para a empreitada.
A necessidade de erguer com urgência a referida ala de cardiologia pediátrica é sublinhada pelos deputados comunistas pela circunstância de a actual no «centro de referência de cardiopatias congénitas funcionar em instalações provisórias, que não dispõem de condições adequadas para os doentes e respectivas famílias, nem para os profissionais de saúde, para além da necessidade de alargamento da sua capacidade, com mais camas».