Sindicatos argentinos convocam novas lutas
Sindicatos argentinos mobilizam os trabalhadores para uma paralisação nacional, no dia 30, de protesto contra o programa económico governamental e em defesa dos direitos laborais e sociais. No meio da grave crise económica e social no país, foi anunciado que a Argentina pediu a adesão à NATO.
Na Argentina, trabalhadores rejeitam políticas neoliberais do governo
A Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) da Argentina convocou para o próximo dia 30 uma paralisação para protestar contra o programa de «ajuste económico» implementado pelo governo do presidente Javier Milei.
O Secretário-Geral da ATE, Rodolfo Aguiar, expressou preocupação pelo impacto negativo que o programa económico está a ter na sociedade, afirmando que as medidas aplicadas estão a «destroçar» os trabalhadores. O «ajuste» provocou já despedimentos em massa e a redução de salários dos funcionários do Estado e reformados, assim como uma deterioração significativa das condições de vida de todo o povo. Além disso, acentuou, o desprezo pelos direitos é cada vez mais acentuado. A Confederação Geral do Trabalho (CGT), a central sindical que agrupa a maioria dos trabalhadores da Argentina, vai realizar, no 1.º de Maio, uma marcha contra os cortes salariais e a alta inflação.
Adesão à NATO
No meio da profunda crise económica e social que atravessa, a Argentina solicitou o ingresso na NATO como «parceiro global». O pedido foi apresentado durante uma reunião realizada em Bruxelas, entre o ministro da Defesa argentino, Luis Petri, e o secretário-geral adjunto da aliança militar, Mircea Geoana.
O ministro argentino revelou que assinou um acordo para compra de 24 aviões de combate F-16, com vários anos de utilização, ao exército da Dinamarca. «Continuaremos a trabalhar para recuperar vínculos que permitam modernizar e capacitar as nossas forças com os padrões da NATO», explicou.
O governo de Milei, de extrema-direita, tem-se pautado, em matéria de segurança, por uma submissão total aos Estados Unidos da América e aos interesses de Washington e aliados. Exemplos dessa política são, além do apoio total a Israel, a recente visita à Argentina da chefe do Comando Sul norte-americano, assim como a viagem aos EUA da ministra de Segurança argentina.