PCP defende uma outra Política Agrícola Comum

É necessária uma outra PAC que, entre outras questões, assegure o apoio a pequenos e médios agricultores e à agricultura familiar; preços justos à produção e a melhoria dos rendimentos de quem produz; mecanismos de regulação do mercado – defendeu o PCP no Parlamento Europeu.

Faltam respostas aos problemas dos pequenos e médios agricultores e da agricultura familiar

Há vários meses que os agricultores saem às ruas em protesto contra uma PAC (Política Agrícola Comum) da União Europeia «que não serve a maioria dos agricultores, especialmente os pequenos e médios agricultores e a agricultura familiar, contra as políticas do “livre comércio” e as opções e forças políticas que as promovem».

Para Sandra Pereira, deputada do PCP no Parlamento Europeu (PE), as propostas que agora a Comissão Europeia apresenta e que a maioria do PE quer tramitar de forma urgente, tentando evitar a discussão sobre as respostas de fundo que se exigem, «não atacam os elevados custos de produção, não promovem a melhoria dos rendimentos dos agricultores nem o reforço da posição nas cadeias de abastecimento, não colocam em causa nem uma linha da política de promoção de acordos de “livre comércio” que oferecem a agricultura como moeda de troca para a abertura de novos mercados à indústria dos países do centro da Europa».

Sandra Pereira defende que é necessária uma outra PAC que, entre diversas questões, assegure o apoio a pequenos e médios agricultores e à agricultura familiar; preços justos à produção e a melhoria dos rendimentos de quem produz; mecanismos de regulação do mercado.

«Enquanto estas respostas faltarem, a justa indignação dos agricultores vai continuar», considera a deputada comunista no PE.

 



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