Solidariedade com Palestina voltou às ruas de Lisboa
Quarta-feira, 6 de Março, Praça do Rossio, em Lisboa: ali teve lugar mais uma acção pública pela paz no Médio Oriente, por uma Palestina independente, promovida pelo CPPC, CGTP-IN, MPPM e Projecto Ruído – Associação Juvenil. Passavam nesse momento 152 dias sobre o início da mais recente agressão israelita contra a Faixa de Gaza, que até essa data tinha provocado a morte a mais de 30 mil pessoas, entre as quais 12 mil menores. Hospitais, escolas, casas, abrigos da ONU, colunas de refugiados, locais de culto religioso – nada escapa à barbárie dos ocupantes sionistas.
Apresentada por Julie Neves, do CPPC, e Tomás Gonçalves, do Projecto Ruído, a iniciativa juntou centenas de pessoas que voltaram a afirmar a urgência dessa medida essencial que é a imposição de um cessar-fogo imediato e permanente. Houve música, com Leonor Pereira e Francisco Antunes, e as intervenções de Dinis Lourenço, da CGTP-IN, Carlos Almeida, do MPPM, e do palestiniano residente em Portugal Hindi Masleh, para quem «cada bomba que cai em Gaza, cai contra todo um povo, cai em todo o lado».
«Queremos que parem de nos matar, mas não queremos só isso», afirmou, sublinhando que «queremos crescer, viver, construir para ficar e queremos liberdade». Os palestinianos, salientou Hindi Masleh, não precisam de pena, mas de dignidade e liberdade: «Apesar de longe, Portugal, como tantos outros países, poderá ter um papel e um impacto reais na vida de cada palestiniano», reclamando o reconhecimento do Estado da Palestina e do direito de existência do povo palestiniano. «Este é o lado certo da História, como noutra altura foi a defesa da liberdade de Timor o do fim do apertheid na África do Sul.»