Sete milhões de bielorrussos elegeram deputados e autarcas
Realizaram-se na Bielorrússia, no domingo, 25, as eleições para a Câmara dos Representantes da Assembleia Nacional (câmara baixa do Parlamento) e de 12.514 vereadores das autarquias locais, para um mandato de cinco anos.
Nestas eleições legislativas e locais concorreram 263 candidatos aos 110 assentos parlamentares e 18.802 candidatos aos lugares autárquicos.
Conhecidos os resultados, ainda provisórios, o presidente da Comissão Eleitoral Central (CEC), Igor Karpenko, anunciou os nomes dos deputados eleitos e revelou que ficaram constituídas, a nível local, todas as 1284 vereações. Realçou o ambiente tranquilo em que decorreu o escrutínio e a alta taxa de participação eleitoral, de 73,09 por cento dos 6,9 milhões de cidadãos inscritos.
Segundo a agência de notícias BeITA, dos 110 deputados eleitos, há 70 membros eleitos por partidos e 40 eleitos sem partido. Dos deputados, 51 foram eleitos pelo Partido Bielorrússia (46,4 por cento); sete pelo Partido Comunista da Bielorrússia (6,4 por cento); quatro pelo Partido Liberal Democrático (3,6 por cento); e oito pelo Partido Republicano do Trabalho e Justiça (7,3 por cento).
Em resposta a acusações de Washington de que as eleições bielorrussas foram «fictícias», Karpenko declarou aos jornalistas que os EUA deveriam deixar de lado o seu papel de «chefe mafioso mundial». Em relação às acusações do governo norte-americano de que as eleições bielorrussas foram realizadas «numa atmosfera de medo» e, alegadamente, sem procedimentos democráticos, o presidente da CEC afirmou que os EUA devem «preocupar-se com os seus problemas internos». E lembrou que há muitas questões por resolver relacionadas com as eleições norte-americanas, incluindo as últimas presidenciais nos EUA.
Na Bielorrússia, as próximas eleições presidenciais devem realizar-se até 25 de Julho de 2025, o mais tardar. O presidente bielorrusso, Aleksánder Lukashenko, confirmou que será candidato à reeleição.
Acompanharam estas eleições bielorrussas mais de 45,5 mil observadores nacionais e quase 300 observadores internacionais, em representação dos países da Comunidade de Estados Independentes, da Organização de Cooperação de Shangai e da Organização do Tratado de Segurança Colectiva.