Sérvia alerta para ingerência externa nos protestos de Belgrado

No dia de Natal, membros da oposição sérvia, alegadamente em desacordo com os resultados das eleições realizadas dias antes, a 17 de Dezembro, cercaram o edifício da assembleia da cidade de Belgrado, tentaram arrombar portas e partiram janelas. Depois, quiseram entrar à força nas instalações, sendo travados pela intervenção das forças policiais.

O presidente da Sérvia, Alexander Vucic, convocou uma reunião urgente do Conselho de Segurança Nacional e, num discurso à nação, afirmou que estes protestos foram uma tentativa de privar o país da sua independência e soberania. O presidente do município de Belgrado, por seu lado, falou em tentativa de Maidanização da Sérvia, numa referência ao golpe que, em 2014, colocou no poder da Ucrânia forças nacionalistas, xenófobas e neonazis, com a promoção e o apoio dos EUA e da UE.

Vucic agradeceu ainda aos serviços de inteligência dos países parceiros que, segundo afirmou, advertiram as autoridades sérvias destas acções de desestabilização e dos seus objectivos.

As autoridades eleitorais da Sérvia garantiram que a votação decorreu de forma «transparente, livre e justa». A tese de fraude, porém, não foi sequer secundada pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que embora reconheça a existência de irregularidades, considera que elas não são muito diferentes das que se verificam com regularidade noutros países, incluindo nos EUA.

 



Mais artigos de: Europa

BRICS entra maior no novo ano

A presidência do BRICS é assumida pela Rússia durante este ano. Em 2024, juntam-se a Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul cinco novos países: Egipto, Irão, Emiratos Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia.

Não te rendas, ainda há tempo

Assim começava Mario Benedetti, poeta uruguaio e resistente à ditadura, um dos seus poemas mais conhecidos. Passado o ano de 2023, chegado o de 2024, continua-nos a ser servida pelas instituições da UE a cartilha das supostas inevitabilidades. A inevitabilidade, perante uma guerra «às nossas portas», do aprofundamento...