Nações Unidas repudiam glorificação do nazismo
A Assembleia Geral da Nações Unidas aprovou no dia 19 de Dezembro uma resolução sobre a luta contra a glorificação do nazismo, racismo e xenofobia, apresentada anualmente desde 2005.
EUA, Reino Unido e Alemanha entre os 49 países que votaram contra resolução da ONU condenando a glorificação do nazismo
Na Assembleia Geral da ONU, um total de 118 Estados, entre eles a Rússia e a China, votaram a favor da resolução «Combater a glorificação do nazismo, do neonazismo e de outras práticas que contribuem para alimentar formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância associadas». Votaram contra a resolução 49 países (entre os quais os EUA, a Alemanha, o Reino Unido e a Ucrânia) e abstiveram-se outros 14.
A resolução foi adoptada pela Terceira Comissão da Assembleia Geral, que se ocupa dos assuntos sociais, humanitários e de direitos humanos. A resolução contra a glorificação do nazismo tem sido aprovada pela Assembleia Geral da ONU todos os anos desde 2005.
Entre muitos outros aspectos, a resolução manifesta, mais uma vez, a profunda preocupação com a glorificação, sob qualquer forma, do movimento nazi, do neonazismo e de antigos membros da organização Waffen SS, nomeadamente através da construção de monumentos e memoriais, da realização de manifestações públicas em nome da glorificação do passado nazi, do movimento nazi e do neonazismo, bem como glorificando-os pela renomeação de ruas, declarando ou tentando declarar tais membros e aqueles que lutaram contra a coligação anti-Hitleriana, que colaboraram com o movimento nazi e que cometeram crimes de guerra e crimes contra a humanidade como se de ditos participantes de «movimentos de libertação nacional» se tratassem.
A resolução reafirma a profunda preocupação com o aumento da frequência de tentativas e actividades destinadas a profanar ou demolir monumentos erguidos em memória daqueles que lutaram contra o nazismo durante a Segunda Guerra Mundial, bem como a exumar ou remover ilegalmente os restos mortais dessas pessoas e, neste contexto, insta aos Estados o dever de cumprir integralmente as suas obrigações relevantes na protecção destes monumentos.
A resolução alerta, ainda, para a difusão em centros docentes do racismo, da discriminação, do ódio e da violência baseada na raça, religião, nacionalidade, género, pertença a um grupo determinado ou opiniões políticas.