É urgente reverter aumentos dos juros

Mantém-se a ur­gência de re­verter os au­mentos das taxas de juro de re­fe­rência do Banco Cen­tral Eu­ropeu, de­fendem os de­pu­tados do PCP no Par­la­mento Eu­ropeu (PE).

Deve ser a banca, e não as fa­mí­lias, a su­portar o im­pacto dos au­mentos das taxas de juro

O Banco Cen­tral Eu­ropeu (BCE) de­ter­minou, pela se­gunda vez con­se­cu­tiva, a ma­nu­tenção das taxas de juro de re­fe­rência nos ac­tuais ní­veis ele­vados, sem pers­pec­tivas de vir a de­ter­minar pro­xi­ma­mente a sua re­dução, apesar do im­pacto sig­ni­fi­ca­tivo desta po­lí­tica mo­ne­tária na de­te­ri­o­ração da si­tu­ação eco­nó­mica e so­cial.

Uma de­cisão que «de­monstra uma cho­cante in­di­fe­rença pe­rante a re­a­li­dade de quem vê agra­vadas as suas con­di­ções de vida», con­si­deram os de­pu­tados do PCP no PE, num co­mu­ni­cado da­tado de 15 de De­zembro.

Em Por­tugal, mais de um mi­lhão de fa­mí­lias estão e con­ti­nu­arão a ser afec­tadas pelos im­pactos gra­vosos dos juros ele­vados no au­mento dos custos dos em­prés­timos para compra de casa, su­blinha o texto.

Su­blinhe-se que a po­lí­tica mo­ne­tária do BCE, além de não tocar nas causas de fundo da in­flação, con­tinua a fa­vo­recer a banca e o grande ca­pital fi­nan­ceiro, cujos lu­cros, em Por­tugal, rondam os 12 mi­lhões de euros por dia, em termos mé­dios.

Uma po­lí­tica que para além dos tra­ba­lha­dores e das fa­mí­lias, pre­ju­dica também as micro, pe­quenas e mé­dias em­presas, assim como países como Por­tugal, que vêem agra­vados os seus custos de fi­nan­ci­a­mento.

Os de­pu­tados do PCP no PE rei­teram que é im­pe­ra­tivo e ur­gente que a su­bida das taxas de juro de re­fe­rência, co­lo­cadas em 4,5% e que per­ma­necem neste ele­vado valor, seja re­ver­tida e que, no ime­diato, de­verá ser a banca, e não as fa­mí­lias, a su­portar o im­pacto dos au­mentos já de­ci­didos.

E re­a­firmam ainda que a ac­tual si­tu­ação so­ci­o­e­co­nó­mica, in­se­pa­rável dos efeitos de 10 au­mentos con­se­cu­tivos das taxas de juro de­ci­didos pelo BCE, põe a nu que «a ab­di­cação de ins­tru­mentos de po­lí­tica mo­ne­tária, fi­nan­ceira, cam­bial e, em larga me­dida, or­ça­mental, priva os Es­tados de ins­tru­mentos ne­ces­sá­rios para pro­mover um de­sen­vol­vi­mento que leve em conta as es­pe­ci­fi­ci­dades na­ci­o­nais e res­ponda aos pro­blemas so­ciais e eco­nó­micos sur­gidos».




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