«Para enfrentar o próximo governo e as suas políticas já anunciadas de ajuste e repressão, será necessário um forte Partido Comunista que, com a sua independência política, impulsione e participe activamente na construção da unidade mais ampla contra este projecto neoliberal, conservador, pro-imperialista, neofascista e explicitamente anticomunista. Uma frente que esteja junto dos trabalhadores e do povo nos locais de trabalho, de estudo e de residência para lutar e construir poder popular» – declara o Partido Comunista da Argentina (PCA), analisando a eleição de Javier Milei como presidente do país.

Para os comunistas argentinos, essa eleição cria «um cenário de extrema gravidade e abre um período de profundas mudanças no panorama político e social» do país, com repercussões na região.

O PCA considera que «a unidade necessária para enfrentar as políticas de ajustamento, saque e repressão deve superar os limites do acordo eleitoral e avançar em acordos programáticos e organizacionais que nos permitam não só resistir ao governo de Milei e defender as conquistas e os direitos do nosso povo, mas também passar rapidamente à ofensiva política.»

O PCA lembra que «não é a primeira vez que o povo argentino enfrenta estas ameaças, tendo ao longo da sua rica história combativa conseguido superar as dificuldades».

«Os comunistas estarão como sempre na primeira linha, ombro a ombro com o povo, levantando bem altas as bandeiras do anti-imperialismo, do antifascismo, da soberania, do poder popular e do socialismo», assegura o PCA. E mais: «Enfrentaremos, como sempre o fizemos, este projecto ultraliberal e neofascista. Não felicitamos os que ganharam. Instamos a combatê-los, com inteligência e unidade. Não nos rendemos, continuamos a lutar».