PCP participa no 23.º EIPCO

O 23.º En­contro In­ter­na­ci­onal dos Par­tidos Co­mu­nistas e Ope­rá­rios (EIPCO) re­a­lizou-se de 19 a 22 de Ou­tubro, em Es­mirna, na Tur­quia, aco­lhido pelo Par­tido Co­mu­nista da Tur­quia. Par­ti­ci­param 121 re­pre­sen­tantes de 68 par­tidos de 54 países.

68 par­tidos co­mu­nistas e ope­rá­rios, de 54 países, par­ti­ci­param no en­contro

O 23.º EIPCO teve como tema «As ba­ta­lhas po­lí­ticas e ide­o­ló­gicas para en­frentar os ca­pi­ta­listas e o im­pe­ri­a­lismo. As ta­refas dos co­mu­nistas de in­formar e mo­bi­lizar a classe tra­ba­lha­dora, a ju­ven­tude, as mu­lheres e os in­te­lec­tuais na luta contra a ex­plo­ração, a opressão, as men­tiras im­pe­ri­a­listas e o re­vi­si­o­nismo his­tó­rico; pelos di­reitos so­ciais e de­mo­crá­ticos dos tra­ba­lha­dores e dos povos; contra o mi­li­ta­rismo e a guerra, pela paz e o so­ci­a­lismo.»

O PCP fez-se re­pre­sentar por Pedro Guer­reiro, membro do Se­cre­ta­riado do Co­mité Cen­tral e res­pon­sável pela Secção In­ter­na­ci­onal, e Cris­tina Car­doso, igual­mente membro da Secção In­ter­na­ci­onal.

O En­contro In­ter­na­ci­onal per­mitiu a troca de in­for­ma­ções entre os par­tidos co­mu­nistas e ope­rá­rios par­ti­ci­pantes, assim como de ex­pe­ri­ên­cias de luta dos tra­ba­lha­dores e dos povos por todo o mundo.

Fim à ocu­pação

O EIPCO adoptou uma de­cla­ração sobre a Pa­les­tina, onde se afirma a exi­gência do fim da agressão e do blo­queio de Is­rael contra a Faixa de Gaza e à Cis­jor­dânia e se apela ao de­sen­vol­vi­mento de ac­ções de so­li­da­ri­e­dade com o povo pa­les­ti­niano, para pôr fim ao mas­sacre na Faixa de Gaza e à ocu­pação.

Os par­tidos par­ti­ci­pantes no En­contro con­de­naram a brutal agressão mi­litar, o blo­queio de­su­mano e o bár­baro ge­no­cídio per­pe­trado por Is­rael na Faixa de Gaza, com mi­lhares de civis mortos, cri­anças e idosos, pri­vados de ali­mentos, água, me­di­ca­mentos e elec­tri­ci­dade, e de­nun­ci­aram o apoio dos EUA, do Reino Unido, da NATO e da UE à agressão is­ra­e­lita.

Con­de­naram igual­mente a ocu­pação is­ra­e­lita dos ter­ri­tó­rios pa­les­ti­ni­anos, que dura há dé­cadas, os as­sas­si­natos, as pri­sões, as per­se­gui­ções e os co­lo­natos, re­a­fir­mando a de­fesa do di­reito do povo pa­les­ti­niano a uma pá­tria livre, com a cri­ação e o re­co­nhe­ci­mento de um Es­tado pa­les­ti­niano in­de­pen­dente, a ces­sação e o des­man­te­la­mento dos co­lo­natos ile­gais nos ter­ri­tó­rios pa­les­ti­ni­anos, a li­ber­tação dos pri­si­o­neiros das pri­sões is­ra­e­litas, o re­gresso dos re­fu­gi­ados de acordo com a re­so­lução 194 da ONU.

Foi ainda su­bli­nhado que a ocu­pação por parte de Is­rael, apoiada pelos EUA e a NATO, é a fonte do so­fri­mento do povo pa­les­ti­niano e de todos os povos do Médio Ori­ente e que en­quanto a ocu­pação con­ti­nuar, os con­flitos con­ti­nu­arão, os povos serão im­pe­didos de viver em paz e cor­rerão o risco de serem en­vol­vidos no vór­tice de uma guerra ge­ne­ra­li­zada.

Ac­ções co­muns e con­ver­gentes

O 23.º EIPCO adoptou um con­junto de ac­ções co­muns e con­ver­gentes, no­me­a­da­mente em torno: da opo­sição às guerras do im­pe­ri­a­lismo, à es­ca­lada ar­ma­men­tista, in­cluindo as armas nu­cle­ares, às bases mi­li­tares es­tran­geiras e à NATO; da luta contra o fas­cismo e o an­ti­co­mu­nismo; da co­me­mo­ração do 1.º de Maio, Dia In­ter­na­ci­onal do Tra­ba­lhador, e do dia 8 de Março, Dia In­ter­na­ci­onal da Mu­lher; da so­li­da­ri­e­dade com Cuba; da so­li­da­ri­e­dade com os povos pa­les­ti­niano, sa­rauí, ci­priota ou sírio; da pro­tecção do meio am­bi­ente; do re­forço das or­ga­ni­za­ções in­ter­na­ci­o­nais uni­tá­rias anti-im­pe­ri­a­listas; ou da pro­moção dos va­lores do so­ci­a­lismo.




Mais artigos de: Internacional

Por todo o mundo exige-se o fim do massacre em Gaza

Após três se­manas, as forças is­ra­e­litas con­ti­nuam a bom­bar­dear in­dis­cri­mi­na­da­mente a po­pu­lação pa­les­ti­niana na Faixa de Gaza, pro­vo­cando mi­lhares de mortos, fe­ridos e des­lo­cados. Te­la­vive, apoiado pelos EUA e ali­ados, re­cusa-se a cum­prir a trégua hu­ma­ni­tária apro­vada pela ONU e re­jeita um cessar-fogo.

África exige o fim das sanções contra o Zimbabué

O Zimbabué reiterou a sua firme oposição às sanções unilaterais impostas contra países, procurando obstaculizar e impedir o seu desenvolvimento económico. Num acto central realizado em Harare, no dia 25, o vice-presidente zimbabueano, Constantino Chiwenga, exigiu uma vez mais a eliminação...

Quem semeia guerras colhe tiroteios

Se a própria definição de «tiroteio em massa» evoca cenários de guerra: no mínimo quatro pessoas baleadas, sem contar com o atirador, seria exagerado dizer que os EUA são um país em guerra? Nos primeiros 10 meses de 2023 houve 583 tiroteios em massa, ou seja, praticamente dois por dia, isto nos dias bons, claro, porque...