Trabalhadores franceses exigem melhores salários

Dezenas de milhares de pessoas – 200 mil, segundo a CGT – manifestaram-se em Paris e outras cidades de França por melhores salários e contra as medidas do governo que atacam direitos e condições de vida. Os protestos foram convocados pelas principais centrais sindicais.

Mais de 200 mil pessoas participaram em manifestações em França por melhores salários

Respondendo ao apelo das maiores centrais sindicais de França – CGT, CFDT, FO, UNSA, CFCT e Solidaires –, mais de 220 manifestações foram organizadas, na sexta-feira, 13, para dizer não às políticas do governo que atacam os direitos e as condições de vida dos trabalhadores e das populações e sim ao aumento de salários.

O cenário de fundo destas novas mobilizações dos trabalhadores é o continuo aumento do custo de vida e os planos do governo para reduzir as despesas sociais no orçamento de Estado do próximo ano.

«Em França e na Europa, o patronato e os governos procuram impor políticas de austeridade. Esta escolha é um impasse: deteriora os serviços e os bens públicos, enfraquece as nossas indústrias em proveito da finança que se apropria das riquezas criadas pelo trabalho. O pacto de austeridade impacta o quotidiano dos trabalhadores em França e por toda a Europa» – considera a Confederação Geral do Trabalho (CGT), uma da centrais sindicais a convocar as manifestações.

Foi neste contexto social que o governo francês impôs recentemente o aumento da idade de reforma. Fortalecidas pela mobilização histórica contra essa medida, determinadas e unidas, as centrais sindicais propuseram então uma nova jornada de acção em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Diversos sectores de actividade apoiaram este protesto com greves e 20 sindicatos de 12 países da Europa solidarizaram-se com as reivindicações dos trabalhadores franceses – cerca de um milhar de sindicalistas europeus estiveram em Paris para dizer não à austeridade.

Uma delegação da CGTP-IN participou na manifestação expressando a sua solidariedade com a luta dos trabalhadores e do povo francês pelo aumento dos salários, por uma mais justa distribuição da riqueza, pela igualdade entre homens e mulheres, pelos serviços públicos, pelos direitos, incluindo o direito à reforma sem o aumento da idade da reforma.

Com expressões diferenciadas entre países, a luta em Portugal e em França trava-se no essencial por objectivos comuns.




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