Na Polónia, o partido Lei e Justiça, descrito como «conservador populista», que governa o país há oito anos, foi a força mais votada nas eleições legislativas realizadas no domingo, 15. Alcançou 35,38 por cento dos votos, mas perdeu o apoio maioritário no parlamento de 460 deputados.

De acordo com os resultados finais, em segundo lugar ficou a Plataforma Cívica, da denominada «direita liberal europeísta», com 30,70 por cento dos votos. A Terceira Via, de centro-direita, ficou em terceiro lugar (com 14,40 por cento), a Nova Esquerda, «social-democrata», logrou 8,61 por cento e a Confederação, de extrema-direita, obteve 7,16 por cento.

A Plataforma Cívica, a Nova Esquerda e a Terceira Via, até agora na oposição, anunciaram a vontade de formar um governo de coligação, aguardando apenas a publicação oficial dos resultados eleitorais e o convite formal do presidente Andrzej Duda, ligado ao partido Lei e Justiça. Esta aliança tripartida obteve também a maioria no Senado, formado por 100 membros.

Recorde-se que Donald Tusk, líder da Plataforma Cívica, foi primeiro-ministro e ex-presidente do Conselho Europeu da UE (2014-2019).

Nestas eleições, os quase 30 milhões de eleitores polacos, com uma participação nas urnas de 74,4 por cento, elegeram os deputados das duas câmaras da Assembleia Nacional e pronunciaram-se num referendo sobre temas económicos, sociais e migratórios, referendo aliás boicotado pela oposição.