Grandes manifestações populares de apoio ao governo da Colômbia

Centenas de milhares de pessoas manifestaram-se na Colômbia para apoiar as importantes medidas estruturais apresentadas pelo governo do presidente Gustavo Petro, as quais procuram favorecer as populações desde há muito marginalizadas.

«Temos de mudar e transformar a sociedade para que possamos viver», diz o presidente Gustavo Petro

Partidos políticos progressistas, sindicatos e organizações de trabalhadores, estudantes, camponeses, mulheres, dos povos indígenas, entre outros sectores, juntaram-se na mobilização para a «Marcha pela Vida», que teve lugar no dia 27 de Setembro, em diversas cidades da Colômbia, com destaque para Bogotá. O Partido Comunista Colombiano mobilizou à participação nas manifestações a favor de um governo com um programa de transformação.

Na capital, onde a concentração na Praça Bolívar foi extraordinária, o presidente Gustavo Petro agradeceu a manifestação de apoio às medidas estruturais propostas pelo seu governo para transformar o país. «Temos de mudar e transformar a sociedade para que possamos viver, dizendo isto de forma simples. Poder viver na Colômbia significa mudar uma série de normas, de leis, de maneiras de entender as coisas. [Acabar com] a exclusão, a desigualdade, a injustiça», enfatizou o chefe de Estado, que foi interrompido por aplausos vezes sem conta durante a sua intervenção.

Esta mobilização teve como finalidade defender as reformas democráticas apresentadas a debate nacional, às forças políticas e à sociedade colombiana, disse Petro. E fez referência às reformas da saúde, do trabalho, da educação, das pensões, dos serviços públicos, as quais beneficiarão os mais necessitados.

«No conjunto dessas reformas está a justiça social. Eu estou convencido de que nós temos violência porque somos profundamente desiguais. Somos o quarto país mais desigual do planeta Terra. Somos aterradoramente desiguais como sociedade», frisou. «Gerar justiça social, possibilitar que essa distância se reduza fazendo mais ricos os pobres, tirando os pobres da pobreza, que é uma prioridade deste governo, construir a justiça social na prática, é o caminho para a paz», defendeu.

«Desta praça cheia de gente, das praças da Colômbia, interpelo a oligarquia colombiana, aqueles que têm o poder económico, para que façamos um grande acordo nacional sobre a verdade e a justiça», exortou o chefe do Estado. Reiterou que «a verdade, a educação e a terra são fundamentais para construir a Colômbia como um grande país». E assegurou que «termos um povo organizado é a estratégia do governo. Se tivermos um povo organizado, não conseguirão derrubar este governo».

Conferências de paz na Ucrânia e Palestina
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, propôs à ONU que patrocine duas conferências para procurar saídas pacíficas para os conflitos na Ucrânia e na Palestina.

«Dedicámo-nos à guerra. Convocaram-nos para a guerra. À América Latina, pediram para entregar máquinas de guerra, homens para ir para os campos de combate. Esqueceram-se de que os nossos países foram invadidos várias vezes pelos mesmos que hoje falam em lutar contra invasões», disse o governante colombiano.

Intervindo na 78.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, afirmou que esses mesmos se esqueceram de que, por petróleo, invadiram o Iraque, a Líbia e a Síria. «Esqueceram-se de que para cumprir os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável havia que acabar com todas as guerras, mas ajudaram a desencadear uma porque isso convinha ao poder mundial, no seu Jogo de Tronos, nos seus jogos da fome».

Defendeu ainda «acabar com a guerra para termos tempo de nos salvar». Nesse sentido, propôs que as Nações Unidas auspiciem quanto antes duas conferências, uma sobre a Ucrânia e outra sobre a Palestina, «não porque não haja outras guerras no mundo», como a que se trava na Colômbia, «mas porque ensinariam a fazer a paz em todas as regiões do planeta».

 



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