CDU elege na Madeira e aumenta o apoio na região

Resultado positivo obtido pela CDU nas eleições regionais na Madeira, realizadas no dia 24, é expressão do valor da sua intervenção em defesa dos trabalhadores e do povo da região.

Mais de 3600 madeirenses depositaram a sua confiança na CDU

«Lamento, eventualmente, desiludir algumas pessoas que pressagiavam o fim da CDU e o seu desaparecimento parlamentar»: foi assim que Edgar Silva, primeiro candidato da lista da CDU, escolheu começar as declarações que prestou no final da noite eleitoral.

«Algumas almas poderão ficar um pouco perturbadas por este resultado, mas a verdade é que a CDU não só conseguiu garantir o aumento de votos comparativamente com o resultado de há quatro anos, como houve um crescimento de 50 por cento dos votos nela expressos», acrescentou, referindo ainda a manutenção da representação parlamentar da CDU e a sua progressão percentual de 1,80 para 2,70 por cento do total dos votos em termos comparativos com os resultados obtidos nas eleições regionais de 2019.

Como salientou o candidato, agora eleito na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, o resultado positivo obtido pela CDU é tão mais importante quando alcançado no quadro de uma «intensa instrumentalização de factos e falsificação de posicionamentos» que visou «alimentar preconceitos anticomunistas» e «reduzir o espaço de crescimento» da coligação PCP-PEV.

«Expressão do reconhecimento do valor da sua intervenção, quer no parlamento regional quer nas muitas lutas, das empresas às localidades», os 3677 votos confiados à CDU representam um resultado «construído que teve de enfrentar uma imensa disparidade de meios e uma injustificada discriminação na comunicação social nacional e regional».

Política alternativa

«É de uma outra política que a região necessita», assegurou o eleito, para quem a CDU tem a mais coerente expressão e dá mais garantias de um posicionamento que assegure o desenvolvimento económico, o progresso social e afirme a autonomia enquanto instrumento ao serviço do povo da região.

«A CDU contará agora e sempre para assegurar a defesa de todas as medidas que sirvam os interesses dos trabalhadores e combater os projectos de perpetuar a política dos grandes interesses económicos e dos senhorios da região. É com a CDU que os trabalhadores e o povo continuarão a contar. Será a CDU que continuará a marcar presença nas localidades, bairros e empresas», afirmou.

Valorização do trabalho e dos trabalhadores; defesa dos serviços públicos a começar pelo financiamento do serviço regional de saúde; a valorização da escola pública; a solução dos problemas habitacionais; a confirmação do sector empresarial público regional, a garantia do direito ao transporte; e o fim à promiscuidade entre o poder regional e os grandes grupos económicos: são estes os compromissos assumidos pela CDU no caminho da resolução dos problemas da região.

Antes de terminar, Edgar Silva ainda dirigiu uma palavra de saudação a todos os activistas da CDU, militantes do PCP e PEV e muitos outros que, sem filiação partidária, deram corpo àquela campanha, «construída a palmo, assente no esclarecimento e na mobilização, baseada na militância e ancorada na proximidade e conhecimento dos problemas».

Derrota indisfarçável

«A não obtenção da maioria absoluta pela coligação PSD/CDS é um elemento relevante dos resultados desta noite eleitoral. Constituirá uma derrota indisfarçável, que independentemente dos arranjos institucionais que se venham a fabricar para tentar prosseguir o rumo desastroso na região, não pode ser iludida», constatou Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP, que a partir de Lisboa também prestou declarações sobre os resultados eleitorais.

«É verdade que esta perda não significa em si a interrupção da política de exploração e injustiça até agora prosseguida na região e a necessidade de prosseguir o combate contra o seu desenvolvimento», mas «ainda que PSD e CDS preparem o prosseguimento da sua política, a perda do seu poder absoluto representa a vitória daqueles que, como a CDU, ao longo de décadas ergueram a voz, deram combate, denunciaram injustiças e mobilizaram o povo e os trabalhadores».

Para o Secretário-Geral do PCP, a expressiva perda eleitoral do PS também confirmou uma descredibilização que resultou da ausência de opções distintas das da actual maioria regional e do sentimento de desperdício sentido por milhares de eleitores que há quatro anos lhe confiaram o voto, numa falsa disputa bipolarizada, e viram-no desprezado e abandonado.

 

Mais votos, mais força

• 3677 votos na CDU, mais 1100 votos do que nas eleições de 2019

• Eleição de um deputado na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira

• Aumento de 50 por cento na expressão eleitoral da CDU

• Progressão percentual de 1,80 para 2,70 por cento

 



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