Altice opta por não aumentar salários
A Altice apresentou, no dia 7, os resultados do segundo trimestre deste ano. Com um crescimento de 11,8 por cento, os trabalhadores da empresa continuam a ter, por parte da administração, a mesma indisponibilidade para discutir aumentos salariais.
Aumento de 110 euros pedido por trabalhadores não se compara aos lucros da Altice
A enorme indisponibilidade que a Altice tem revelado para o diálogo com as estruturas sindicais sobre aumentos salariais não é compatível com os bons resultados financeiros e com os lucros que a empresa tem obtido nos últimos cinco anos. Crescimento este que se traduziu num aumento de lucros de 11,8 por cento apenas no segundo trimestre de 2023. Segundo a Frente Comum, para além de colocar diversos entraves à negociação, a administração da Altice tem argumentado não ter condições para garantir aumentos aos trabalhadores.
Este impasse esteve de novo presente, no dia 27 de Julho, na primeira reunião de conciliação na Direcção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho. Esta reunião resultou da recusa da Altice em negociar a proposta de aumentos complementares apresentada pelas estruturas representativas dos trabalhadores que, para além de aumento salarial mínimo de 110 euros no vencimento base para todos os trabalhadores com efeitos a 1 de Janeiro de 2023, pedem também o aumento do subsídio de refeição e do subsídio especial de refeição para dez euros e a progressão de nível para os trabalhadores que estejam no mesmo nível de proficiência há dez ou mais anos.
Para debater esta situação está também prevista, para dia 16, uma reunião com o ministro das Infra-estruturas. Desta feita, este encontro foi requerido pela Fectrans em representação do Sindicato dos Trabalhadores das Telecomunicações (SINTTAV), do Sindicato dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT) e do Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT).