Na Câmara de Loures, os vereadores da CDU apresentaram uma moção a exigir «soluções» para as situações de «caos e insegurança» que se têm verificado na Linha Verde do Metropolitano, que está a afectar milhares de utentes.

A principal causa prende-se com a suspensão da circulação dos troços entre Telheiras e Campo Grande (Linha Verde) e entre Campo Grande e Cidade Universitária (Linha Amarela). Como se refere na moção aprovada por unanimidade no dia 10 de Maio, a decisão das obras de expansão da rede, agravada pela redução para comboios de três carruagens na Linha Verde, «tem estado a criar uma situação de caos e insegurança, com os utentes a aglomerarem-se nos cais das estações e com as carruagens completamente cheias».

Reclama-se, por isso, uma «solução urgente» para os graves problemas causados pelas obras do Metropolitano de Lisboa e para a qual devem ser mobilizados todos os recursos disponíveis e envolvidos todos os operadores da cidade. «A situação da interrupção do Metro exige pois que o Metropolitano assuma as suas responsabilidades, articulando uma solução de transportes alternativos para dar resposta às interrupções, não apenas com reforço das carreiras da Carris existentes, mas com autocarros específicos entre os troços interrompidos e com a criação de circuitos complementares aos existentes», refere a moção.

Resposta diminuta
No mesmo dia, a administração do Metropolitano anunciou que a Linha Verde será reforçada com mais três carruagens e a Linha Amarela com mais uma, a partir de 20 de Junho. Os troços entre Telheiras-Campo Grande e Campo Grande-Cidade Universitária permanecerão encerrados até 7 de Julho. A interrupção começou a 2 de Maio.

Deu ainda conta que serão disponibilizados autocarros «vaivém» entre a Cidade Universitária e o Campo Grande nos dias de jogo do Sporting (13 e 21 de Maio), no Estádio José de Alvalade, e na Bênção das Fitas (20 de Maio).

Serão também reforçadas as equipas, com pessoal próprio, na estação do Campo Grande e em outras (em que se justifique) para ajudar a circulação das pessoas, para entrada e saída de passageiros das composições.

Soluções alternativas
Numa acção realizada na estação do Metropolitano do Campo Grande, os eleitos do PCP nos órgãos autárquicos de Lisboa consideraram as medidas avançadas como «insuficientes» e alertaram para constrangimentos na rede da CP, como é o caso da interrupção da ligação entre o Cais do Sodré e Algés no período nocturno.

«A situação que se verifica hoje na cidade de Lisboa, no que respeita ao funcionamento do sistema público de transportes, exige a tomada de medidas com vista a uma eficaz articulação entre as diversas entidades – Câmara de Lisboa, Metropolitano e CP – sobre a planificação das obras na cidade, bem como as soluções alternativas de transporte público, de forma a minimizar os impactos na mobilidade na cidade», considera o PCP.