Falta de resposta do Governo agrava problemas e desigualdade
O PCP acusa o Governo de inacção perante os problemas do País, «que se agravam dia após dia», defendendo uma mudança de rumo que inverta o actual caminho de empobrecimento e exploração.
Vida comprova a necessidade de uma política alternativa
A progressiva degradação do SNS, o desinvestimento na Escola Pública, as dificuldades crescentes no acesso à habitação, são três situações que exemplificam essa ausência de resposta do Governo, afirmou a presidente do Grupo Parlamentar do PCP, em declaração política proferida dia 12 e na qual voltou a exigir o aumento dos salários e pensões, que classificou como «uma emergência nacional». No caso das pensões (ver peça em baixo), a exigência é de um aumento intercalar, segundo Paula Santos, para quem é também justo e necessário haver uma actualização das pensões de quem se reformou em 2022.
São medidas como estas, insistentemente colocadas pelo PCP, que o Governo tem rejeitado, impedindo assim qualquer recuperação do poder de compra. E por isso Paula Santos advertiu que essa recusa do Executivo - extensiva a «todas as soluções» que possam comprometer as margens e os lucros dos grupos económicos – significa «empurrar os trabalhadores e o povo para a pobreza».
Razão tem, pois, o PCP quando acusa o Governo de complacência perante um quadro, como o actual, em que se aprofundam as desigualdades e injustiças, «em que a desvalorização real dos salários e as pensões contrasta com a acumulação de lucros dos grupos económicos». A este propósito, a deputada comunista lembrou que, só em 2022, «os lucros líquidos de 24 dos principais grupos económicos em Portugal cresceram 45%, atingindo o valor de 7 600 milhões de euros».
Daí a conclusão tirada por Paula Santos de que «os trabalhadores e o povo não encontram no Governo PS respostas para os seus problemas, tal como não encontram no PSD, CDS, CH e IL».
É a vida que o comprova, pondo em evidência, simultaneamente, a necessidade de uma política alternativa. Uma política, patriótica e de esquerda, sublinhou a líder da formação comunista, onde o trabalho e os trabalhadores sejam valorizados, que aumente salários e pensões, combata a especulação, garanta o controlo público de empresas estratégicas, aposte na produção nacional, reforce os serviços públicos, garanta os direitos sociais consagrados na Constituição, afirme o desenvolvimento soberano do País.