Semana da Igualdade nas empresas e na rua

A CGTP-INconsidera que «a luta pela igualdade é uma luta de todos os dias, contra a opressão, discriminação e exploração», com «uma importância acrescida»para responder ao aumento do custo de vida.

Em 2022, a CITE emitiu 809 pareceres sobre recusa de horários flexíveis

A «urgência da mobilização geral» contra a subida dos preços e«pela reposição e melhoria do poder de compra dos salários e a valorização dos trabalhadores» justifica «a participação de todos, mulheres e homens», na manifestação nacional que a CGTP-IN convocou para este sábado, dia 18, em Lisboa – sublinha-se num comunicado de imprensa, emitido esta segunda-feira.

Numa apreciação da Semana da Igualdade, que a confederação, através da sua Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens (CIMH), promoveu entre os dias 6 e 10, assinala-se que houve «uma forte intervenção dos sindicatos nas empresas, nos serviços e na rua, em todo o País».

Esta «forte intervenção sindical, pelo aumento dos salários, contra a precariedade, o assédio laboral e os horários desregulados, pela defesa da saúde, a valorização das carreiras profissionais, o reconhecimento das qualificações, competências e experiências e os direitos específicos das trabalhadoras».

Foram realizados plenários e debates em «mais de 1500 locais de trabalho». Em capitais de distrito e outras localidades, tiveram lugar tribunas públicas, concentrações, paralisações, desfiles e manifestações.

Depois das acções «A Igualdade está na Rua» (dia 6, nas cidades de Aveiro, Coimbra, Castelo Branco, Faro, Funchal, Leiria, Lisboa, Ponta Delgada, Porto e Santarém), no dia 8, a coincidir com o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, trabalhadoras mobilizadas pelas estruturas da CGTP-IN saíram à rua em Lisboa (da Maternidade Alfredo da Costa até ao Ministério do Trabalho), no Porto (da Praça da Batalha para a Praça D. João I), em Setúbal (da Praça do Bocage para o Largo da Misericórdia), Castelo Branco e Covilhã (ambas frente às câmaras municipais), Funchal (da Sé Catedral à Quinta Vigia) e Ponta Delgada (Ribeira Grande).

A inscrição de novos associadas, a eleição de delegadas sindicais e a aprovação de propostas reivindicativas marcaram também a Semana da Igualdade.

No balanço, assinala-se a recusa patronal do direito a horário flexível, para acompanhamento de filhos até 12 anos de idade, como«um dos problemas mais debatidos». A ilustrar a relevância do tema, a CGTP-IN refere que, «em 2022, a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego emitiu 809 pareceres, relativos a intenções de recusa patronal na atribuição de horários flexíveis». Na «esmagadora maioria» dos casos, a CITE deu razão às trabalhadoras.

CM de Beja recuou
No dia 8 de Março, durante a manhã, concentraram-se frente a Câmara Municipal de Beja trabalhadores do município e dirigentes sindicais, numa iniciativa promovida pelo STAL/CGTP-IN, em solidariedade com uma trabalhadora e delegada sindical que foi alvo de processo disciplinar.

O sindicato observou que, por força da denúncia pública, acabou por ser adiada a discussão da intenção de despedimento, que esteve marcada para esse dia, na reunião do executivo. Contudo, «os trabalhadores e o STAL mantêm-se solidários, unidos e determinados em combater a prepotência e a injustiça de quem não cumpre a lei».

 



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