Travar a especulação de preços dos bens essenciais

O Parlamento debate hoje, 16, a pedido do PCP, a «especulação de preços de bens essenciais e as medidas para a travar». Com este debate de urgência, requerido anteontem, os comunistas querem dar passos efectivos que desagravem o brutal aumento do custo de vida.

 

Tudo sobe, só os salários e pensões é que não

Propostas suas nesse sentido, de resto, não têm faltado, sendo disso exemplo o controlo e limitação dos preços de bens essenciais, inscrito em diploma já levado ao plenário da Assembleia da República mas que acabou chumbado às mãos do PS e de forças à sua direita. É a realidade, porém, que se encarrega de dar razão ao PCP e que comprova o quão necessário é adoptar medidas que ponham cobro à subida dos preços de bens e serviços essenciais, nomeadamente na alimentação, na energia e na habitação.

Aumento de preços dos bens alimentares que é sinónimo de dificuldades ainda maiores para quem trabalha ou trabalhou e que contrasta com os lucros fabulosos dos grupos económicos da grande distribuição. «Não é aceitável este aproveitamento de quem soma lucros com a imposição de margens de 30, 40, 50 por cento e mais sobre os legumes, os produtos lácteos, os óleos e azeites, os cereais, a carne ou o peixe», afirma a líder do Grupo Parlamentar do PCP no texto que dirigiu ao presidente da AR e onde requer o debate de urgência.

Nele se refere que a situação reclama «medidas que não podem continuar a ser adiadas» e que «o problema não se resolve com medidas policiais nem com grande pedagogia à grande distribuição, como avançou o Governo». O que é preciso é avançar com medidas que «travem a especulação de preços de bens essenciais, medidas para o controlo e limitação dos preços dos bens essenciais», sublinha Paula Santos.

 



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