Professores mobilizados defendem acordo global
Com uma nova sessão de negociações marcada para hoje, a Fenprof e as estruturas sindicais que têm convergido na luta dos professores e educadores insistem em matérias que um acordo tem de incluir.
Há matérias essenciais que não podem ser ignoradas pelo ME
No documento apresentado pelo Ministério da Educação a todos os sindicatos, para a negociação, em mesa única, há ainda muito a alterar, como foi assinalado pelos representantes sindicais, no final da reunião de dia 17.
Com outra designação, permanece a figura do conselho local de directores, enquanto continua a não haver nenhuma referência às questões colocadas pela Fenprof, no protocolo negocial apresentado em Agosto: a recuperação integral do tempo de serviço, a eliminação das vagas e das quotas, os problemas dos horários e condições de trabalho, a aposentação, entre muitas outras.
Este balanço foi apresentado pelo Secretário-geral adjunto da Fenprof, José Feliciano Costa, em declarações aos jornalistas, frisando que, nestas condições, «não há acordo possível, um acordo terá de ser um acordo global, que inclua todas estas questões».
Para a reunião de hoje – marcada apesar de o ME, inicialmente, querer concluir as negociações no dia 17 –, o dirigente manifestou a esperança de que seja trazida uma proposta de calendarização para negociar aquele conjunto de matérias. Embora o ME apresente de novo esta reunião como final, os sindicatos já admitiram requerer negociação suplementar.
Durante a semana passada e, especialmente, nos dias das reuniões negociais, decorreu uma «semana de luto e de luta», com concentrações no exterior de muitos estabelecimentos de ensino e também junto do Ministério.
Estão marcadas greves com âmbito multidistrital, para dias 2 e 3 de Março, acompanhadas de manifestações no Porto e em Lisboa.
Hoje, amanhã, segunda e terça-feira vão realizar-se reuniões e plenários de docentes. Estes são os «Dias 4D» (Debate Democrático pela Dignificação da Docência), para analisar as propostas do ME, estabelecer as prioridades negociais e debater as formas de luta a desenvolver – depois da grande manifestação nacional, no dia 11, e das greves de âmbito distrital, de 26 de Janeiro a 8 de Fevereiro.