«Não somos pau para toda a obra», ouviu-se em Vila Nova de Gaia

Dezenas de trabalhadores das escolas de Vila Nova de Gaia concentraram-se, dia 28, junto à Câmara Municipal, contra o abuso de que garantem estar a ser vítimas. À chuva, os trabalhadores empunharam uma faixa onde afirmavam que «não somos pau para toda a obra».

O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN) acusa o município de obrigar os trabalhadores das escolas, nomeadamente os que foram transferidos do Ministério da Educação, a trabalharem no Projecto Gaia Aprende +.

«São muitos assistentes operacionais que estão convocados para trabalhar, na interrupção lectiva (23/12 a 02/01), até nas tolerâncias de ponto, no âmbito deste projecto, que como se sabe é da responsabilidade das IPSS do concelho e é comparticipado financeiramente pelos pais», denuncia o sindicato, para quem a Câmara «não pode pôr e dispor dos seus funcionários e muito menos colocá-los às ordens de outras entidades».

O STFPSN lembra que sugeriu aos responsáveis do município, em reunião, para que dessem orientações aos directores dos agrupamentos para que «indicassem apenas os trabalhadores que se disponibilizassem para essa tarefa», mas a Câmara não aceitou a sugestão. Houve inclusivamente trabalhadores descartados para três escolas diferentes.

Vários trabalhadores deixaram o seu testemunho na concentração, em que intervieram os dirigentes sindicais Lurdes Ribeiro e Orlando Gonçalves, este último coordenador do STFPSN. O PCP manifestou no local o seu apoio a esta luta.

 



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