CDU dá nota negativa ao município de Guimarães

Em Guimarães «questões importantes continuam sem resposta», acusa a CDU, num balanço «negativo» ao primeiro ano da actividade autárquica municipal. Os problemas agravam-se em áreas como a habitação, mobilidade e ambiente.

Torcato Ribeiro, eleito na Assembleia Municipal de Guimarães, e Mariana Silva, da Comissão Executiva do Partido Ecologista «Os Verdes», em conferência de imprensa da CDU realizada no passado dia 11, fizeram um «balanço negativo» do primeiro ano de mandato, desde logo porque o PS «está à frente dos destinos da autarquia vimaranense há mais de três décadas» e «muitos dos problemas perduram e alguns adensam-se mesmo».

A habitação é apenas um dos vários obstáculos que «ainda não tem soluções à vista». «Muitos jovens vêem-se obrigados a permanecer na casa dos pais, outros optam por não constituir família, muitos são obrigados a escolher alugar casa longe do seu local de trabalho (aumentando consideravelmente as suas despesas mensais), porque as rendas das casas estão descontroladas e inflacionadas», considera a CDU, dando como exemplo o programa 1.º Direito ou a situação da requalificação do Bairro da Emboladoura.

Agravam-se os problemas

Relativamente à mobilidade, a CDU lamenta que o PART (redução do custo do passe social e alargamento do seu âmbito) ainda não tenha chegado a todos os municípios, designadamente a Guimarães, onde o «caminho ainda é longo no que diz respeito à intermodalidade e na ligação aos municípios do quadrilátero e à Área Metropolitana do Porto». As críticas estendem-se à ligação entre Guimarães e Braga que «continua a marcar passo» e à falta de vontade do executivo camarário para ser reposto o serviço Alfa ou implementado mais um horário Intercidades, que ligue Guimarães a Lisboa.

A CDU acusa ainda a maioria PS de continuar a «falhar» aos estudantes do Ensino Superior, que «são obrigados a desistir dos cursos que escolheram porque não há resposta de residências universitárias», e não clarificar «se vai aumentar o valor das bolsas que são atribuídas aos estudantes vimaranenses». Relativamente ao ambiente, uma das questões levantadas pela Coligação PCP-PEV prende-se com a falta de comunicação e de participação da comunidade na construção da nova candidatura a Capital Europeia Verde.

A nota negativa vai, igualmente, para o facto de o PS continuar a usar a Assembleia Municipal como «caixa de ressonância da maioria na Câmara». «O debate democrático na Câmara Municipal está ainda mais empobrecido, com uma prestação medíocre do PSD, que de oposição nada tem, confirmando que nenhum destes partidos tem um projecto político capaz de responder às necessidades das gentes de Guimarães».




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